Heróis



Gente, hoje eu queria compartilhar com vocês sobre essa série de livros: "Rangers - Ordem dos arqueiros". É uma série de nove livros, de origem australiana, com o nono volume a ser lançado por lá e o quinto a ser traduzido e lançado por aqui até o final do ano.
Vou dar uma resumidinha no enredo só pra vocês terem uma noção. Will é órfão, mora no castelo de um barão, como protegido. Ao completar 15 anos, ele deve se alistar pra ser aprendiz de algum mestre de ofício. Seu sonho é entrar pra escola de guerra, mas por seu porte físico "pequeno demais", é rejeitado e acaba sendo destinado a ser um aprendiz de arqueiro, sujeitos misteriosos e temidos pela população local.
O que eu acho mais legal nessa história é a quebra do padrão de herói. Will não é grande e forte, não é rico, não conhece seus pais, nem ao menos tem um sobrenome. Ele não namora a garota mais bonita do feudo. Mas ele é dedicado em tudo que faz. Ele é extremamente inteligente. Ele sabe ouvir a voz do mestre. E acima de tudo: é muito humilde.
Essa talvez seja a maior lição do livro. Perdi a conta de quantas vidas ele salvou, de quantas coisas boas ele fez, de quantos inimigos ele derrotou. Mas não contei sequer uma palavra arrogante. Nos tempos em que vivemos, nada melhor do que isso: menos de nós. Menos de nós mesmos.

Construção


Eu sou uma defensora dos processos e das etapas... Acredito muito fortemente que tudo o que somos e que fazemos, é tudo fruto daquilo que vamos construindo.Tenho visto muito isso ultimamente em matéria de relacionamentos.

Muita gente por aí acha que você olha pra pessoa, ela olha pra você, toca uma campainha em algum lugar e pronto! Criou-se um relacionamento perfeito, onde as pessoas confiam umas nas outras, não há desavenças e tudo é um mar de rosas! Seus problemas acabaram!

Será?
Não, não é assim. Desconfio muito de relacionamentos onde tudo vai muito bem obrigado. Onde tudo dá certo, onde não há pontos de tensão. E o crescimento, como fica? Longe de mim querer julgar, mas quando tudo vai bem demais, suspeito das máscaras... É muito melhor ter desavenças e vence-las do que não conhece-las e ao mesmo tempo desconhecer quem está ao seu lado...

Metalinguagem (III)

Se tem uma coisa que eu gosto em escrever é que uma mesma frase pode ter sentidos diversos, dependendo de quem a lê. Isso fica muito mais evidente em meus textos no estilo Miscelânea, que mais parecem um bocado de frases sem sentido amontoadas.


O legal é que eu já vi pessoas que escrevem o tempo todo assim. Então eu fico imaginando que a pessoa quis dizer, ao mesmo tempo que aquilo toma sentindo na minha compreensão de mundo. E mais: se eu conversar com qualquer outra pessoa que tenha lido o mesmo texto, ela pode até ter tido a mesma impressão geral mas nunca as mesmas palavras tiveram o mesmo significado.


É por isso que eu sou meio contra interpretação, principalmente de poesias. Me dava nervoso nas aulas de literatura todas aquelas simbologias e metáforas. Ok, concordo, muita coisa faz sentido. Mas mesmo Drummond, sendo O Cara, nem ele poderia ter pensado em tudo aquilo enquanto escrevia! Sempre fico pensando que as coisas querem dizer algo muito mais simples do que aparentam... (que ironia, não? ¬¬').


Talvez grande parte da magia de escrever consista nisso. Saber que você quis dizer uma coisa e pessoas vão entender outra, mas nem por isso você deixou de passar sua mensagem...

L'amour (III)


Mais um da Maria Fernanda Ferraz...
"...e na verdade o amor é mesmo um grande paradoxo. Um estar-se preso por vontade com liberdade. Liberdade de ir, sem a menor vontade de não ficar. Dor que desatina sem doer. Mas dói, a dor e a espera que vêm com a saudade; e que some, se vai sem deixar vestígios, como resposta a um simples olhar sincero. Estamos solitários em meio a multidões. Qual outra companhia seria tão bem-vinda? Escolher não ter escolha. Viver para o outro, temerosos de que o outro deixe de viver por nossa causa. Abrir mão de si mesmo, ser feliz é ver o outro feliz. Camões estava mesmo certo quando dizia que 'tão contrário a si é o mesmo amor'... "

Silêncio


Não adianta. Eu sou tagarela.
Quem me conhece sabe que quando essa matraquinha desembesta a falar, pra fazer parar é difícil... Às vezes até eu mesma me mando parar.
Mas algumas coisas, situações, pessoas, têm a capacidade de me deixar completamente sem palavras. Eu procuro, procuro, procuro, mas nada que eu possa dizer seria suficiente. Aí tem a cena clássica em que eu fico abrindo e fechando a boca repetidas vezes, tentando falar e desistindo, terminando em um "Ah..." de decepção. Como se tivesse comido um pedaço de carne muito grande e precisasse de um tempo pra digerir.
É uma outra característica minha: demoro um bom tempo pra terminar de digerir as informações e encaixá-las no meus esquemas mentais já prontos.
Por isso, momentaneamente, me encontro sem palavras. Tudo que eu possa dizer soará vazio e fútil. Há muito pra dizer, mas nem todo o Aurélio poderia me ajudar nisso. Só me resta esperar o tempo de digestão.
Estou em pleno processo.

Sozinha e solitária

Pra muitos, esses dois adjetivos são sinônimos, ou pelo menos quase equivalentes. Pra mim são absurdamente distintos, embora possam ser complementares.
Sozinha é um estado no qual eu gosto de estar. Adoro sentir-me eu comigo mesma; quieto o suficiente pra ouvir meus pensamentos. Não há vergonha (dizem os comportamentalistas que a vergonha só existe nos contextos sociais). É adoravelmente espaçoso. Posso fazer o que bem entender, como bem entender. É extremamente confortável.
A solidão já vem bem diferente. Estando no meio das pessoas, e sentindo-me apenas eu comigo mesma; quieto demais, os pensamentos gritando dentro da cabeça. Há culpa, por algo que nem se sabe o que é, impossível decifrar. Incomodamente apertado, é preciso se encolher. Não há vontade de fazer o que for, como for. O desconforto inunda tudo ao redor.
Talvez o pior venha na fusão dos dois. Sem ter pra onde correr ou onde se esconder. Ninguém ao redor, cercada apenas pelo vazio. E nesses momentos todas as forças reunidas só servem pra deitar-se encolhida na cama, a cabeça pesada; angústia, choro sem razão de ser. Tudo o que resta é esperar... Pelo quê? Nessas horas, ninguém sabe. É só esperar. E esperar, e esperar...
PS: Nossa, isso realmente ficou um momento "cortando os pulsos". Acalmem-se, estou no meu estado normal e longe de objetos cortantes... rs

Devaneios

Algumas coisas que acontecem no meu dia a dia me fazem pensar nas minhas parcelas de egoísmo e altruísmo. Ou talvez entre o meu egoísmo e o meu bom senso. Acho que todo mundo já passou por situações assim. De saber que tal coisa é o certo, mas ter aquela vontadinha louca de que as coisas aconteçam como você quer. Vontade de bater o pé uma vez na vida, se fazer de mimada, torcer o bico. Quero e pronto. Confesso que em 99% das vezes meu bom senso me vence.


Outro fato é uma mania de querer abraçar o mundo. Ok, não mundo todo, mas as pessoas muito próximas de mim. Às vezes parece que me preocupo mais com os problemas dos outros do que com os meus próprios (que não são muitos, mas enfim). Ver as pessoas que amo angustiadas me deixa angustiada também. E aí quero tomar as dores e resolver tudo. Confesso que em 99% das vezes não há nada que eu possa fazer pra ajudar.


Por fim, tenho o hábito de me modelar às situações. E não adianta, todo mundo faz isso, em maior ou menor grau. Ser mais ou menos gentil, colocar uma máscara. Um dia, todo mundo já fez. Cara de feliz naquele jantar em família na casa da avó, como todo mundo dizendo "como você cresceu" e você lamentando por ter esquecido o mp3 player em casa. Confesso que 99% das pessoas não demonstram perceber quando fazemos isso.


Quanto de cada uma dessas situações é bom ou ruim? Um pergunta interessante. Tenho descoberto lados bons e ruins de cada uma delas, pelo menos pra mim. Fica pra refletir, nessas e em outras situações que você tenha, o lado bom e ruim.


Obs: perdão pela ausência total de nexo...

"Que importa o mal que te atormenta se o sonho te contenta?"



Os sonhos são um mistério para o ser humano. Descobrir e decifrar o que se passa na nossa mente enquanto dormimos é uma tarefa que atormenta cientistas, psicólogos, advinhadores e simples mortais como eu e você. Vou tentar contar rapidinho o que se sabe sobre os sonhos.
Enquanto dormimos, passamos por um período do sono que se chama "sono REM" (o nome vem do movimento rápido dos olhos por baixo das pálpebras - sim! Dá pra ver quando alguém está sonhando), e é nessa hora que sonhamos. O mais legal é que precisamos sonhar. Fizeram um estudo em que acordavam os sujeitos quando eles começavam a sonhar, por uma semana. Depois, monitorando o sono deles, descobriram que eles sonhavam por mais tempo e começavam a sonhar mais cedo, como se o cérebro quisesse recuperar o tempo perdido!
A explicação de onde eles vem e como funcionam já é bem mais complicada e controversa. Diz a ciência que são só impulsos elétricos todos misturados e confusos, passando pelos neurônios, criando imagens e projetando isso na nossa mente. Já o amigo Freud (olha o meu pézinho na psicologia) vem dizer que os sonhos são realizações do desejo (lógico que ele vai tornas as coisas beeeem complicadas) e é aí onde eu queria chegar.
Sim! Eu fiz todo esse caminho pra falar de realização de desejos. Aqueles sonhos que não acontecem de noite, mas quando estamos acordados, aqueles que nos levam pra Tão Tão Distante. Os que deixam a vida mais bonita. Nossos desejos que, quem sabe, um dia vão se tornar realidade... Esses não têm explicação, poucos tem motivo específico. Mas são os que mais valem a pena.
Fica então a pergunta: vamos correr atrás dos nossos sonhos ou esperar que venha uma fada madrinha e diga Bibidi Bóbidi Bu?