Tesouros


Eu vou ter que bater de novo na tecla das coisas pequenas. Na verdade, atitudes pequenas. Aquelas pessoas que a cada dia surpreendem mais e mais. Melhor ainda, muitas vezes, elas não fazem nem idéia de como e o quanto fazem.
Absurdamente simples. O incrível é que elas não fizeram nada demais, nada que não fariam em uma situação normal, em qualquer outro dia, em qualquer outro momento. Mas era o seu momento.
Uma combinação única entre instante exato e atitude inesperada. Pra você e pra você, aquilo tudo fez sentido. Esses são os verdadeiros tesouros, amigos, companheiros, preciosidades. E, se me permitem parafrasear o poeta, se encontrar algum desses, guarde do lado esquerdo do peito, debaixo de sete chaves, dentro do coração...

Resultado da overdose de "Orgulho e Preconceito"


Não adianta. Mr. Darcy é amor.

Aquelas Surpresas

Acho que uma das coisas mais engraçadas dessa vida é que ela tem seu próprio tempo, que, quase invariavelmente, não é o nosso tempo. É incrível como certas coisas tem que acontecer em momentos exatos e não antes, nem depois. E o inexplicável é que elas vem quando menos esperamos.
Quantas vezes nos esforçamos para fazer ou conseguir o que quer que seja, em vão. Despendemos tempo, esforços; pensamos infinitamente. E, logo que paramos de tentar, quando já nem nos damos mais ao trabalho de pensar nisso, conseguimos o que queríamos. Justo quando às vezes, aquilo nem importa mais, perdeu seu valor.
Não sei explicar como, quando, onde, por que. Essa é a graça: não sabemos. Temos que seguir vivendo, temos que esperar o tempo passar. Até que sejamos encantadoramente supreendidos. São aquelas surpresas...

Sobre Quebra-cabeças (III)


Vamos lá, a última peça...

Nós para nós mesmos

Muito provavelmente, essa seja a parte mais difícil de assimilar. Afinal, você deve estar pensando: "Como posso ser um enigma para mim mesmo??". É, eu sei. No entanto, essa é uma verdade. Temos o hábito de pensar que somos ou estamos completos, que nos conhecemos melhor do que ninguém. Mas podemos estar incrivelmente equivocados sobre isso. E só somos capazes de perceber nossos "buracos", nossas peças faltantes quando deixamos que outras pessoas também o façam. O que quero dizer é que a melhor maneira de enxergarmos nossas falhas é deixando que outros as vejam. Não, não podemos finalizar nosso jogo sozinhos. Aliás, não chegamos a finaliza-lo. Será sempre um buscar de novas peças, uma busca em completar os buracos, em poder enchergar a imagem que formamos...


Sobre Quebra-cabeças (II)


Continuando com os quebra-cabeças... : )

Nós para as outras pessoas

Do mesmo jeito que vamos montando, por assim dizer, as pessoas, é evidente que elas também vão coletando e encaixando nossas pecinhas. Parece um tanto estranho pensar sobre isso, mas as pessoas nos observam. Mesmo sem que elas mesmas percebam, estão atentas e vão absorver aquilo que falamos e fazemos. O engraçado é que elas não vão guardar exatamente o mesmo que nós guardamos. Numa conversa, por exemplo. Eu posso me fixar em certa parte, aquilo fica martelando na minha cabeça; o que não quer dizer, absolutamente, que meu interlocutor teve as mesmas impressões e se fixou nos mesmos pontos. Legal, não? Por isso, não temos muito controle sobre as peças que fornecemos: podemos pensar que foi uma coisa, quando na verdade, foi outra, às vezes completamente oposta - não temos portanto, como saber em que ponto do quebra-cabeça nosso amigo se encontra. E mais: não é difícil que cada um que conhecemos, tenha uma imagem diferente do nosso jogo...

Sobre Quebra-cabeças (I)


Não pretendia voltar a essa analogia tão cedo, mas dessa vez foi ela que veio até mim. Deve ter sido minha leitura de Descartes hoje. Ok, eu explico: tenho a idéia de que todos somos grandes quebra-cabeças. E pretendo explicar isso sob três aspectos (em três posts, pra não ficar muito comprido): As pessoas para nós, Nós para as outras pessoas e Nós para nós mesmos. Vamos lá!
As pessoas para nós

Quando conhecemos alguém, tudo o que temos é uma visão de relance de sua caixa. Sabemos que se trataria de uma paisagem, uma natureza morta ou a foto de um animal. Mas somente isso. Aos poucos, conversando, nos aproximando, vamos conseguindo montar as bordas, recebemos peças que aos poucos vão se encaixando. Não raramente, vemos grandes espaços em branco, ou peças que não se encaixam em lugar algum - elas ficam de lado, esperando a hora de serem úteis. Claro que algumas peças são propositadamente retidas, seja temporária ou definitivamente; geralmente essas são as peças-chave para compreendermos as pessoas com quem nos relacionamos. Enfim, é preciso uma boa dose de paciência, tato e sensibilidade se quisermos ver a figura a ser montada. E a compreensão de que, mesmo depois de muito tempo, ainda existirão vazios e peças faltantes...

A Grandeza na Pequenez (O Paradoxo)

A vida é sim, feita de pequenas alegrias. Coisas absurdamente simples que podem mudar o dia de alguém. Um sorriso, um olhar... Pra mim, por exemplo, comprar um simples brigadeiro na saída do refeitório, depois do almoço, me faz muito feliz. Fico com aquela expressão que chamo de "cara de felicidade extrema e incontrolável".

Tem gente que não se conforma com isso. Que diz que eu deveria me alegrar com coisas grandes, pensar grande. Ok, ok. Grandeza é legal. Mas nem sempre temos coisas grandes para aproveitar. Faço o que então? Fico de cara amarrada até que se alcance a paz mundial ou algo assim??

Não, não. Me recuso. Me achem boba, supérflua ou o que for. Vou me manter contente, sorrindo. Viver assim é muito melhor; faz bem. Afinal, a vida dá-se em apreciar a grandeza da pequenez de certas coisas. Desfrute os pequenos momentos da vida...

Além do mais, se não conseguirmos defrutar dessas alegrias, como estaremos sensíveis a perceber e aproveitar as surpresas do nosso dia-a-dia?

Coisas que aprendemos na aula de Fisiologia


Muito bem, mulheres, essa é pra vocês (mas homens, atenção!). Existe uma coisa muito legal que nosso corpo fabrica: serotonina. Essa substância, atua no nosso sistema nervoso, e, quando está em falta, causa sintomas como insônia, apetite exagerado (principalmente por doces), náusea, enxaqueca e alterações de humor.
Hum, quadro familiar, não? Por acaso não te lembra certos dias que te acontecem todos os meses?? Hum?? Sim minha amiga! A nossa querida e adorada TPM, causada em boa parte por baixas quantidades de serotonina no organismo!
Então você me pergunta: "E como eu resolvo isso??". Bem simples na verdade. Uma das maneiras mais fáceis de ocorrer uma maior produção e liberação dessa substância quase mágica, é realizando atividades físicas (aquele bem-estar básico que sentimos depois de uma tarde na academia vem daí!).
E agora, vem a minha sugestão: que atividade física melhor do que fazer compras? Você vai andar muito até encontar a loja certa. Vai carregar o peso das sacolas. E vai potencializar a alegria, já que, ao comprar, nosso Sistema Nervoso também libera a serotonina! Não é o máximo? É por isso que quando estamos tristes, comprar algo nos faz senitr melhor.
Mas cuidado, einh? Ao invés de gastar todo o dinheiro de uma vez, compre algo menor: uma presilha de cabelo, um brinco novo... Você consegue a mesma satisfação e se livra do efeito-rebote, também conhecido como remorso...

It's a looong way...


Estou decicida a falar sobre caminhos. E, embora isso possa se cruzar um pouco com um dos meus primeiros posts, falando sobre processos, quero ver os caminhos, hoje, à luz das escolhas.
Porque sempre chega a hora em que a gente tem de escolher por onde vai seguir. Ou se vai seguir. Lutar ou desistir, parar ou prosseguir. E, se tratando dessa vida, não podemos andar por duas estradas ao mesmo tempo. E mais: não temos jamais como saber o que teria sido se a escolha fosse outra. Somos obrigados a arcar com aquilo que escolhemos.
Não, não é nada fácil ter de fazer escolhas, principalmente porque quase sempre, essas escolhas não afetam somete a nós. Mas acho que, na verdade, ninguém nunca disse que seria...
H., amigo, irmão. Obrigada por me ajudar e me apoiar nas minhas escolhas e caminhos...

"Please, don't stop the music"


A música mexe comigo de maneira distinta. Eu sei que ela mexe com a maioria das pessoas bem intensamente, mas no meu caso, ela faz parte de mim. Como um anexo ou algo assim. O dia em que eu não estiver cantarolando alguma coisa ou escrevendo algum pedaço de uma letra em algum lugar, pode ter certeza que não estou em meu estado normal...
E justamente por essa relação toda, acabo tendo trilhas sonoras muito presentes. Certas músicas vão sempre me lembrar de certos lugares, acontecimentos, pessoas. Algumas vão me fazer sorrir em certos versos, outras me causarão um aperto no peito ao primeiro acorde; seja como for, passe o tempo que passar.
O lado ruim? Ser incomodada por certas coisas em momentos inoportunos. O bom? Lembrar que certas coisas nessa vida não têm preço, saber e sentir que detalhes fazem toda a diferença... No final das contas, apesar dos pesares, continuo sempre montando e moldando minha trilha, sonora ou não...