Não pretendia voltar a essa analogia tão cedo, mas dessa vez foi ela que veio até mim. Deve ter sido minha leitura de Descartes hoje. Ok, eu explico: tenho a idéia de que todos somos grandes quebra-cabeças. E pretendo explicar isso sob três aspectos (em três posts, pra não ficar muito comprido): As pessoas para nós, Nós para as outras pessoas e Nós para nós mesmos. Vamos lá!
As pessoas para nós
Quando conhecemos alguém, tudo o que temos é uma visão de relance de sua caixa. Sabemos que se trataria de uma paisagem, uma natureza morta ou a foto de um animal. Mas somente isso. Aos poucos, conversando, nos aproximando, vamos conseguindo montar as bordas, recebemos peças que aos poucos vão se encaixando. Não raramente, vemos grandes espaços em branco, ou peças que não se encaixam em lugar algum - elas ficam de lado, esperando a hora de serem úteis. Claro que algumas peças são propositadamente retidas, seja temporária ou definitivamente; geralmente essas são as peças-chave para compreendermos as pessoas com quem nos relacionamos. Enfim, é preciso uma boa dose de paciência, tato e sensibilidade se quisermos ver a figura a ser montada. E a compreensão de que, mesmo depois de muito tempo, ainda existirão vazios e peças faltantes...
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