Pra muitos, esses dois adjetivos são sinônimos, ou pelo menos quase equivalentes. Pra mim são absurdamente distintos, embora possam ser complementares.
Sozinha é um estado no qual eu gosto de estar. Adoro sentir-me eu comigo mesma; quieto o suficiente pra ouvir meus pensamentos. Não há vergonha (dizem os comportamentalistas que a vergonha só existe nos contextos sociais). É adoravelmente espaçoso. Posso fazer o que bem entender, como bem entender. É extremamente confortável.
A solidão já vem bem diferente. Estando no meio das pessoas, e sentindo-me apenas eu comigo mesma; quieto demais, os pensamentos gritando dentro da cabeça. Há culpa, por algo que nem se sabe o que é, impossível decifrar. Incomodamente apertado, é preciso se encolher. Não há vontade de fazer o que for, como for. O desconforto inunda tudo ao redor.
Talvez o pior venha na fusão dos dois. Sem ter pra onde correr ou onde se esconder. Ninguém ao redor, cercada apenas pelo vazio. E nesses momentos todas as forças reunidas só servem pra deitar-se encolhida na cama, a cabeça pesada; angústia, choro sem razão de ser. Tudo o que resta é esperar... Pelo quê? Nessas horas, ninguém sabe. É só esperar. E esperar, e esperar...
PS: Nossa, isso realmente ficou um momento "cortando os pulsos". Acalmem-se, estou no meu estado normal e longe de objetos cortantes... rs
2 comentários:
Já pode escrever pro simple plan rs... falando sério agora, ficou muito bom, porque é muito real essa situação que você escreveu, são coisas diferentes, mas acho que não gosto de nenhuma das duas (rs), tá talvez um pouco de ficar sozinho (mas por um tempo bem curto)...
Eu acho que ambas são uma opção e não um "estado".
Pq mesmo sem pessoas, mesmo no completo silêncio, mesmo quando gritamos pra nós mesmos, ele está ali, só esperando que voltemos nosso olhar.
Basta um movimento: abrir os olhos.
Postar um comentário