É isso aí...

Ufa! Finalmente chegou. 18 anos.
Eu tenho a mania de fazer uma "retrospectiva" do meu ano quando chega o aniversário e tenho que confessar que dessa vez eu me surpreendi. Aconteceram tantas coisas nesses últimos doze meses...
Só pra começar, eu prestei e passei no vestibular. É, foi uma maratona, fiz provas até não aguentar mais, tive minha paciência testada ao ter que esperar resultados e lidei com decepções. Além disso, ser aprovada me fez mudar de cidade, morar quase sozinha, ter que fazer novos amigos e aprender a me virar num lugar onde ninguém mais te leva pela mão e te dá tudo mastigado. Resumindo: amadureci na marra. Quer saber? Tem sido muito legal, mais do que eu imaginava.
Também tiveram outras mudanças. Aprendi que mesmo que elas não pareçam boas no começo, depois Deus mostra que Ele sempre faz tudo certo e que ele não nos coloca onde não devemos estar. E é incrível: conheci pessoas maravilhosas, vivi experiências fantásticas e, de quebra, ainda descobri que algumas amizades ficam, mesmo que o tempo e a distância venham se colocar no meio do caminho...
É, em matéria de pessoas, as coisas deram voltas e voltas. A gente descobre que alguns amigos não eram tão amigos assim. E outros, quando a gente acha que conhece, leva um susto: na verdade, estávamos enganados. Alguns vão deixando você montar o quebra-cabeças; outros liberam as peças em doses extremamente homeopáticas. E o mais legal: aquela amizade, quando você menos espera pode se tornar algo mais, algo do tipo part time lover and full time friend. Afinal, amigo é pra essas coisas.
Sem dúvidas, foi o ano mais intenso que eu vivi e só tenho a agradecer a Deus, por tudo que Ele fez e faz. E perdir pra que no(s) próximo(s) ano(s), Ele continue no controle de todas as coisas, porque só assim tudo funciona como tem que funcionar...
"You gonna find yourself someway, somehow"

Perfeito Amor

Gente, eu estava lendo um texto hoje de manhã e senti muito forte no meu coração de colocá-lo aqui. Não preciso explicar, ele mesmo vai dizer tudo.


"Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o metal que soa ou como o sino que tine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar os montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
O amor é paciente, é bom; o amor não arde em ciúmes, não se orgulha, não se envaidece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se irrita, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará (...)"
- Paulo, em I Coríntios, 13


Deus, deixa-me sentir esse amor que o Senhor criou, em todas as áreas da minha vida. Me torna uma pessoa que vive o Verdadeiro Amor. Amém
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Miscelânea (V)

Ainda se via vivendo coisas que desejava já terem sido deixadas pra trás. Já havia deixado. E no entanto, elas insistiam em voltar, além do seu alcance. Não precisava, não queria, não sentia. "Um homem que fica para trás é deixado para trás" - regra de ouro dos piratas. Cansava se ver no meio das histórias das consequências, mesmo quando não havia mais afinidades e carências.
Nem oceanos inteiros são capazes de resolver certas coisas. Nunca desejou tanto que tivesse sido o primeiro. Em tudo, desde o mais singelo olhar, o mais inocente sorriso. Não se importava que era resultado de todo o resto. Quis ser uma tábula rasa, só esperando pra ser preenchida.
Seria muito fácil culpar o outro. Como sempre quisera. Sim, seria fácil, se não se sentisse quase igualmente responsável. Talvez fosse mesmo muito irresponsável. Sentia muita vontade de odiar. E continuava escolhendo não fazê-lo. Só mais uma prova do que seria. Jamais seria. Nunca foi, nunca deveria ter sido. Já não sabia mais se não se arrependia.
Tem horas que não há nada que se possa fazer. Nada angustiava mais. Mas já sabia que não precisava abraçar o mundo, tivesse ele o tamanho que tivesse. Não era mais regida pelo medo, sabia que era muito mais do que o saldo entre os erros e acertos. Sentia-se leve, como nunca antes. Sendo exatamente quem era. E acreditanto que, mesmo com todas as falhas, era exatamente quem esperava que fosse.