pregnant ladies

Tenho visto umas coisas que me deixam completamente encucada. Ok, tenho 18 (quase 19) anos. E acho que nunca vi tantas, mas tantas mães adolescentes. Ultimamente tenho descoberto praticamente mais uma conhecida de um conhecido que está grávida, ou acabou de ter neném por semana. Pode ser o efeito Juno (e olha que sou fã desse filme). Ou o efeito orkut.

Talvez essas mães adolescentes sempre estivessem aí, em algum lugar. Mas hoje elas (e os "papais" também) mostam e anunciam essa realidade ao mundo. Fotos da barriga começando a aparecer, foto do primeiro ultrassom, foto do parto, da primeira mamada, quando sorriu, quando sentou... Eu concordo que bebês são lindos, mas ooi? Seu filho não tem nem um ano e já tem umas mil fotos dele no seu orkut. É uma exposição absurda! Como se o bebê fosse uma espécie de troféu, ou se fosse tudo que você sempre quis - quando na verdade a maioria (não todos) dos casos que eu vejo são interrupções dos planos de vida de duas crianças pra que essas se juntem às pressas e esperem a chegada da terceira criança.

Longe de mim sugerir dar uma de Juno e encontrar um casal perfeito pra criar seu filho. É o seu filho. Nem acho que se deve esconder isso do mundo. É simplesmente parar de banalizar isso. A maternidade é pra ser algo tão especial, tão incrível. Foi feita pra ser pai, mãe e filho. Não mãe brigando com pai por causa de guarda pelo orkut. É como se fosse a consequência óbvia hoje em dia: namorar, engravidar, casar às pressas, muitas vezes, separar. Não é assim que deve ser. Virou comum, mas não é normal.

Eu torço mesmo, de verdade, pra que cada um dos casos que eu tenho visto tenha um final feliz. Que se forme uma família linda, feliz e que venham mais filhos depois e tudo fique da melhor maneira possível. Mas também torço, torço muito pra esse ciclo se romper. Duas crianças não podem criar uma outra criança. E, de verdade, com 18 anos, somos todos umas grandes crianças.

1 comentários:

Arthur Damião Médici disse...

Escrevi algo próximo a isso nos ultimos dias. Se quiser visitar, de um pulo lá: palavrarealidade.blogspot.com no post "Ilustres desconhecidos".
Eu acho que podemos dizer que isso "não é normal", mas muito do que fazemos também não seria normal pra uma pessoa de 1930.
A minha preocupação é que esquecemos de algumas coisas. A primeira delas é: "criar o filho".
Ele vira um enfeite. De repente, com 3 anos de idade, ele cansa de ser enfeite. Passa a ser um impecilho.
Continue escrevendo!

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