Roteiro

Toda segunda-inundação
Terça-rotina
Quarta-folga
Quinta-survivor
Sexta-retorno

Sábado, diversão;
Domingo, adoração.

Metalinguagem (IV)

Tem horas que eu simplesmente preciso escrever. Eu sento e as mãos agem sozinhas. Tem horas que eu quero escrever. E nem sempre as mãos correspondem à minha vontade. Às vezes quero falar sobre um mundo de coisas, diversas idéias vagas que ficam pairando na minha mente. Outras, tenho uma idéia certeira. Ou ainda começo falando de uma coisa e mudo no meio do caminho - isso quando o post não começa falando de um assunto e termina em outro.
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São dias e dias. Dias ruins em que eu sento e quero desabafar, mas não sai uma frase. Dias excelentes, quando eu escrevo mil palavras e nenhuma faz sentido. Se triste, acabo fazendo drama; se feliz pareço uma boba alienada do mundo. E engraçado, mesmo não escrevendo sobre alegria ou tristeza, o reflexo está lá, pra quem quiser ver.
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Já disse aqui, que escrever pra mim é assim, como respirar. Mas nem sempre a gente respira do mesmo jeito. Às vezes ofegante, outras lenta e profundamente; ou ainda sufocado, o ar não querendo entar nem sair. Não sei se estou ofegante, suspirando ou sufocada. Hoje, estou apenas escrevendo.

Sonhos e desejos



Não adianta, eu cresci vendo todos os filmes de princesas da Disney um milhão de vezes. E sim, eu cresci esperando meu príncipe encantado montado num cavalo branco, que viria me resgatar e me levar pra um castelo lindo, onde eu usaria um vestido igual da Bela (de A Bela e a Fera). E óbvio: eu ia ser feliz pra sempre.
Já to grandinha o suficiente pra desistir da parte do cavalo branco e do castelo. Também já descobri que príncipes nem sempre usam aquelas roupas e a capa vermelha, mas podem dentro da realidade, existir sim. Sobre o vestido, bom, ainda vai chegar a vez dele, mesmo que não seja igualzinho ao dela.

Mas o que importa é que outros sonhos foram aparecendo. Sonhos perfeitamente realizáveis, mas que nem por isso precisam se tornar metas. Viagem pra Paris. Natal em Nova York. Biblioteca particular. Guarda-roupa da Channel (rs). Escritora de um romance (já tenho até um enredo!). Meu felizes para sempre.

Talvez em algum momento eu possa e precise correr atrás deles. Ou, outros sonhos (esses eu não conto, rs) se tornem mais importantes. Talvez eles aconteçam, talvez não. Mas o que importa é que desejar e sonhar com cada um deles me fez sorrir, me fez viajar, me fez ser um pouquinho mais feliz. De que vale essa vida cinza sem um sonho?
E os seus sonhos?

L'amour (IV)