Momento Miranda


Esse olhar traduz tudo.

: )



Porque é bom demais ter uma Jane, uma amiga querida pra compartilhar tudo, uma amiga que amamos como irmã.

Pensamento do dia

Não se impressione com a natureza cruel das pessoas.
Não se surpreenda com aquilo que você já conhece.

Expectativas

E mais um ano vai terminando. Um ano rápido demais e lento demais. Mais uma vez um ano que trouxe mudanças. Nem o melhor, nem o pior. Triste, mas foi só mais um ano. E aí todo mundo começa com "ano que vem eu vou fazer isso" ou "ano que vem eu vou fazer diferente" e todas essas coisas - que quase sempre ficam só nas promessas de ano novo.

E ok, isso pode ser até meio contraditório, mas a minha resolução de ano novo vai ser justamente não fazer resoluções. As portas estão todas abertas pra esse novo ano e eu sinto aquele cheirinho de mudança no ar. Vou não deixar a vida me levar, mas criar menos expectativas.


Temos a mania de ficar criando expectativas e quando as coisas acontecem, dificilmente elas vão ser como a gente esperava. E aí não damos todo o valor que poderíamos dar àquilo, siplesmente porque não é do jeito que esperávamos. Então vou me deixar assim: sem expectativas - e o que vier é lucro.

A eterna busca das chaves perdidas

"Minha avó está morrendo". Foi o que eu disse a um amigo, no início do meu primeiro ano de faculdade. Eu a havia visitado e a verdade me encarou sem dó. Ele, prático como sempre e quase invariavelmente correto, só me respondeu o seguinte: "E você pode ficar aí desse jeito, ou pode aceitar isso, se preparar e aproveitar o tempo que você ainda tem com ela".
Isso foi há quase dois anos e, nesse meio tempo, segui o conselho do meu amigo. Cada visita era como se fosse a última e, portanto, especial. Por mais impactante que tenha sido vê-la deitada, quieta, não é essa imagem que guardarei dela, porque aquela não era a minha avó.
A verdadeira Dona Yolanda era a que nos esperava chegar preparando macarrão caseiro, com a touca de crochê cinza e o avental. Era a que se sentava comigo na mesa do café, contando as mesmas histórias sobre a infância do meu pai. Era a que revirava a casa, na eterna busca pela chave do portão, quando o molho estava dependurado no cós da saia. Era a mandona, teimosa, espanhola brava e coração de ouro, Dona Yolanda.
Então, quando pensar nela, vai ser dessas imagens que vou me lembrar. E o que me alegra é saber que ontem, as minhas últimas palavras pra ela não foram "adeus", mas sim "até logo".

Costura e catarse

Esses últimos tempos eu tenho descoberto um novo hobbie: a costura. Tá, podem me chamar de velha, ou o que for, eu não ligo. Eu estou amando costurar e até que me dando bem nisso, rs. Eu sou capaz de ficar horas da sala pro escritório e do escritório pra sala, alfinetando, alinhavando e costurando. Da última vez que fiz uma peça, passei literalmente o dia todo costurando e só parei porque minha mãe me disse pra fazê-lo (eu já estava tão cansada que não acertava mais nada).

É engraçado, porque eu tenho uma (péssima) mania de começar os meus passatempos e não terminar. Como esse blog, que ficou abandonado por séeeeeculos (ops) ou o álbum de retratos que eu comecei a decorar umas duas férias atrás e até hoje tá lá, inacabado. Acho que esse é um ponto bom da costura: eu quero tanto o produto final que não sossego até terminar. Sem contar que eu não preciso fazer mil peças, posso fazer apenas uma, do começo ao fim e depois passar pra outra.


Pra mim, todo mundo devia ter uma atividade assim, que te tira do ar, que te distrai... Acho que a última vez que passei tanto tempo numa atividade foi nas férias em que eu encanei com quebra-cabeças (quinze dias passando umas 10 horas por dia sentada naquela mesa, rs). Freud que me perode a citação, mas isso é minha catarse, é onde eu descarrego tudo. Se estou nervosa, coitado do tecido, vai ser alfinetado e maltratado. Ou se estiver contente, vou cantarolar enquanto vou costurando, nem aí com mais nada.


Sabe de uma coisa? É ótimo não estar nem aí pra mais nada...

Tempo de mudanças


A gente muda e o mundo muda. Como já disse alguém, quanto mais você parece o mesmo, mais as coisas parecem mudar. E quanto mais as coisas parecem mudar, mais elas continuam as mesmas.


E o bom é descobrir que nem sempre as mudanças são ruins. Ok, o mudar em si não é muito agradável, mas o resultado da mudança pode ser algo tão diferente que compense o processo da mudança. Confuso? Talvez, mas mais ainda se pensarmos que nem sempre o que vem depois da mudança é simplesmente bom ou ruim, talvez só diferente.


E talvez esse diferente seja mesmo tão diferente que só o gostinho de descobrir todas essas coisas novas e inusitadas faça tudo valer a pena. Mesmo que o antes fosse bom, agora é diferente. E por mais que eu ainda relute, por que não dizer: melhor?