Não se surpreenda com aquilo que você já conhece.
Que nem sempre é tudo.
Que lutar vale a pena, independente da total ausência de forças;
Mas em algumas horas, não há mais nada a fazer além de entregar os pontos.
A sorte bate à nossa porta,
Nós batemos a porta na cara dela.
O muito pra nós pode ser pouco pro outro,
Nem sempre enxergam o quanto mudamos.
Será que mudamos mesmo?
A realidade ao redor assusta, desespera.
Confere ainda mais valor ao que há de mais valioso.
Borboletas sempre voltam
Mas é você que deixa elas irem pra começo de conversa.
Vai continuar deixando?
Se estou perto é porque você está ao meu lado e, sem fazer o menor esforço, é capaz de tirar minha atenção de qualquer outra coisa que não seja você ou tenha a ver com você. Se estou longe é pela agonia de tentar imaginar o que está fazendo, pensando e sentindo, ou então, sonhando com você aqui e pensando em como é bom perder a concentração com você ao meu lado...
É, senhoras e senhores, se alguém ainda tinha alguma dúvida, isso aqui é mesmo amor..."
-Maria Fernanda Ferraz
Talvez essas mães adolescentes sempre estivessem aí, em algum lugar. Mas hoje elas (e os "papais" também) mostam e anunciam essa realidade ao mundo. Fotos da barriga começando a aparecer, foto do primeiro ultrassom, foto do parto, da primeira mamada, quando sorriu, quando sentou... Eu concordo que bebês são lindos, mas ooi? Seu filho não tem nem um ano e já tem umas mil fotos dele no seu orkut. É uma exposição absurda! Como se o bebê fosse uma espécie de troféu, ou se fosse tudo que você sempre quis - quando na verdade a maioria (não todos) dos casos que eu vejo são interrupções dos planos de vida de duas crianças pra que essas se juntem às pressas e esperem a chegada da terceira criança.
Longe de mim sugerir dar uma de Juno e encontrar um casal perfeito pra criar seu filho. É o seu filho. Nem acho que se deve esconder isso do mundo. É simplesmente parar de banalizar isso. A maternidade é pra ser algo tão especial, tão incrível. Foi feita pra ser pai, mãe e filho. Não mãe brigando com pai por causa de guarda pelo orkut. É como se fosse a consequência óbvia hoje em dia: namorar, engravidar, casar às pressas, muitas vezes, separar. Não é assim que deve ser. Virou comum, mas não é normal.
Eu torço mesmo, de verdade, pra que cada um dos casos que eu tenho visto tenha um final feliz. Que se forme uma família linda, feliz e que venham mais filhos depois e tudo fique da melhor maneira possível. Mas também torço, torço muito pra esse ciclo se romper. Duas crianças não podem criar uma outra criança. E, de verdade, com 18 anos, somos todos umas grandes crianças.
Completamente paradoxal. Tantas sensações inundavam... As que lhe atormentavam, irritavam e agrediam. Mas as que faziam sonhar, delirar, viajar, esperar. O tempo de novo e de novo. Maior amigo e maior inimigo. Passando como lhe convém sem perguntar se me convém.
Era o segundo inverno. Um ciclo estava completo. Ansiava em viver outros invernos, primaveras, verões e outonos, num ciclo infindável. Era o que lhe dava forças e ao mesmo tempo angustiava. Naquele momento, nem todas as estações acalmavam. E o pior: sabia que não se acalmaria tão cedo.
Sim, confesso, eu tenho horror a pesadelos. Talvez seja porque eles sempre pareçam tão reais e me façam acordar com a sensação de que realmente vivi tudo aquilo. Ou pela intensidade de sentimentos e acontecimentos, me dando a impresão de que não descansei durante a noite. Ou ainda acordar sozinha, tendo que dizer pra mim mesma que "foi só um sonho..."
Aqueles mais fantasiosos, com mosntros e criaturas fantasiosas nem me assustam tanto. O problema é quando são pessoas reais, situações que poderiam ser reais, lugares reais. Aí a sensação de "será que não aonteceu mesmo?" fica ainda mais forte. E é incrível, sempre que esses sonhos mais horríveis acontecem, eu não tenho como conferir o que está acontecendo lá fora...
Talvez isso seja só um monte de bobagens. Talvez seja muito idiota. Mas é desesperador acordar depois de pesadelos. Por mim, eu não os teria nunca mais.
Terça-rotina
Quarta-folga
Quinta-survivor
Sexta-retorno
Sábado, diversão;
Domingo, adoração.
"Se fosse só sentir saudades, mas tem sempre algo mais
Seja como for, é uma dor que dói no peito"
É engraçado como quando começo a pensar sobre um assunto acabo me deparando com uma música, às vezes há muito esquecida. Já escrevi aqui sobre como as músicas me marcam e marcaram, embora ultimamente a coisa esteja sendo um pouco diferente. Mas isso é assunto pra outro post, o que está me pegando hoje é a saudade.
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Não vou ser a primeira nem a última a falar o que quer que seja dessa doce sensaçãozinha. Nem vou perder meu tempo fazendo a catança de "há quem diga que a saudade..." e nanana. Ela simplesmente resolveu pegar no meu pé, há algum tempo, confesso, mas agora ela realmente me incomoda.
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Não sei quem foi que inventou essa mistura de dor e nostalgia, esse aperto no peito, a sensação de fim de mundo, a necessidade de que o tempo voe, ou pelo menos volte atrás. Só sei que o poeta ali em cima está certo, ela nunca vem sozinha, vem sempre o algo mais. Junto com a sensção de fim de mundo, a insegurança: "e se nunca mais...?". Junto com a vontade de mandar o tempo fazer um cooper, aquele momento emo, "me sinto só...", como se tudo parasse.
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Isso tá ficando muito melodramático e ainda não é onde quero chegar. Por mais que ela me incomode, pegue no meu pé, me deixe com um quê de emo, sabe que eu gosto dela? Não é suuuuuper caso de amor incurável, mas o gostinho dela faz diferença. Depois de tanta saudade, depois de tanto aperto no peito, quando ela passa, faz tudo ser mil vezes mais gostoso. Não dizem que o melhor da festa é esperar por ela? A saudade vem como a espera, dando aquele toque diferente, um plus, que muda tudo. Talvez seja esse o algo mais do poeta. Não simplesmente mais coisas ruins. Mas uma coisa boa. E se for pra ter esse algo mais, então como disse o outro poeta, "eu vou morrer de saudade".
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Longe, mas perto, sempre. Sempre esperando e sempre com saudade.