E viva a catapora

Bom, depois de um certo tempo, volto a escrever... A "desculpa" é meio a "de sempre" - fim de semestre na faculdade. Já perdi a conta das vezes que disse "É o fim de semestre". E a catapora. Sim, catapora. Uma onda de catapora me cercou no último mês e eu corri e corri com medo de ser alcançada por ela. Fiz tudo o que podia para o caso de. Tudo pronto uma semana antes. E agora, depois do fim de tudo, depois de ter terminado o semestre de vez, é, ela me pegou. Hoje, me encontro oficialmente com catapora.

Acho que às vezes é meio assim mesmo. A gente se prepara, se protege, dá nó em pingo d'água, planta bananeira e o que mais conseguir. Aí, parece que não adiantou nada. A catapora me atacou depois que eu entreguei tudo na faculdade. Talvez, se eu não tivesse me precavido, feito tudo antes, tivesse sido atacada na última semana do semestre e aí sim eu teria que fazer mágica pra terminar meu ano bem. No final, valeu a pena.

Agora? Agora estou por dez dias em casa de molho. E todos os filmes que eu não vi, os episódios de One Piece que deixei de lado, as conversas pela metade... agora eu vou ter tempo de sobra... e boa companhia... : )

E viva a catapora.

É isso aí...

Ufa! Finalmente chegou. 18 anos.
Eu tenho a mania de fazer uma "retrospectiva" do meu ano quando chega o aniversário e tenho que confessar que dessa vez eu me surpreendi. Aconteceram tantas coisas nesses últimos doze meses...
Só pra começar, eu prestei e passei no vestibular. É, foi uma maratona, fiz provas até não aguentar mais, tive minha paciência testada ao ter que esperar resultados e lidei com decepções. Além disso, ser aprovada me fez mudar de cidade, morar quase sozinha, ter que fazer novos amigos e aprender a me virar num lugar onde ninguém mais te leva pela mão e te dá tudo mastigado. Resumindo: amadureci na marra. Quer saber? Tem sido muito legal, mais do que eu imaginava.
Também tiveram outras mudanças. Aprendi que mesmo que elas não pareçam boas no começo, depois Deus mostra que Ele sempre faz tudo certo e que ele não nos coloca onde não devemos estar. E é incrível: conheci pessoas maravilhosas, vivi experiências fantásticas e, de quebra, ainda descobri que algumas amizades ficam, mesmo que o tempo e a distância venham se colocar no meio do caminho...
É, em matéria de pessoas, as coisas deram voltas e voltas. A gente descobre que alguns amigos não eram tão amigos assim. E outros, quando a gente acha que conhece, leva um susto: na verdade, estávamos enganados. Alguns vão deixando você montar o quebra-cabeças; outros liberam as peças em doses extremamente homeopáticas. E o mais legal: aquela amizade, quando você menos espera pode se tornar algo mais, algo do tipo part time lover and full time friend. Afinal, amigo é pra essas coisas.
Sem dúvidas, foi o ano mais intenso que eu vivi e só tenho a agradecer a Deus, por tudo que Ele fez e faz. E perdir pra que no(s) próximo(s) ano(s), Ele continue no controle de todas as coisas, porque só assim tudo funciona como tem que funcionar...
"You gonna find yourself someway, somehow"

Perfeito Amor

Gente, eu estava lendo um texto hoje de manhã e senti muito forte no meu coração de colocá-lo aqui. Não preciso explicar, ele mesmo vai dizer tudo.


"Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o metal que soa ou como o sino que tine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar os montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
O amor é paciente, é bom; o amor não arde em ciúmes, não se orgulha, não se envaidece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se irrita, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará (...)"
- Paulo, em I Coríntios, 13


Deus, deixa-me sentir esse amor que o Senhor criou, em todas as áreas da minha vida. Me torna uma pessoa que vive o Verdadeiro Amor. Amém
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Miscelânea (V)

Ainda se via vivendo coisas que desejava já terem sido deixadas pra trás. Já havia deixado. E no entanto, elas insistiam em voltar, além do seu alcance. Não precisava, não queria, não sentia. "Um homem que fica para trás é deixado para trás" - regra de ouro dos piratas. Cansava se ver no meio das histórias das consequências, mesmo quando não havia mais afinidades e carências.
Nem oceanos inteiros são capazes de resolver certas coisas. Nunca desejou tanto que tivesse sido o primeiro. Em tudo, desde o mais singelo olhar, o mais inocente sorriso. Não se importava que era resultado de todo o resto. Quis ser uma tábula rasa, só esperando pra ser preenchida.
Seria muito fácil culpar o outro. Como sempre quisera. Sim, seria fácil, se não se sentisse quase igualmente responsável. Talvez fosse mesmo muito irresponsável. Sentia muita vontade de odiar. E continuava escolhendo não fazê-lo. Só mais uma prova do que seria. Jamais seria. Nunca foi, nunca deveria ter sido. Já não sabia mais se não se arrependia.
Tem horas que não há nada que se possa fazer. Nada angustiava mais. Mas já sabia que não precisava abraçar o mundo, tivesse ele o tamanho que tivesse. Não era mais regida pelo medo, sabia que era muito mais do que o saldo entre os erros e acertos. Sentia-se leve, como nunca antes. Sendo exatamente quem era. E acreditanto que, mesmo com todas as falhas, era exatamente quem esperava que fosse.

Heróis



Gente, hoje eu queria compartilhar com vocês sobre essa série de livros: "Rangers - Ordem dos arqueiros". É uma série de nove livros, de origem australiana, com o nono volume a ser lançado por lá e o quinto a ser traduzido e lançado por aqui até o final do ano.
Vou dar uma resumidinha no enredo só pra vocês terem uma noção. Will é órfão, mora no castelo de um barão, como protegido. Ao completar 15 anos, ele deve se alistar pra ser aprendiz de algum mestre de ofício. Seu sonho é entrar pra escola de guerra, mas por seu porte físico "pequeno demais", é rejeitado e acaba sendo destinado a ser um aprendiz de arqueiro, sujeitos misteriosos e temidos pela população local.
O que eu acho mais legal nessa história é a quebra do padrão de herói. Will não é grande e forte, não é rico, não conhece seus pais, nem ao menos tem um sobrenome. Ele não namora a garota mais bonita do feudo. Mas ele é dedicado em tudo que faz. Ele é extremamente inteligente. Ele sabe ouvir a voz do mestre. E acima de tudo: é muito humilde.
Essa talvez seja a maior lição do livro. Perdi a conta de quantas vidas ele salvou, de quantas coisas boas ele fez, de quantos inimigos ele derrotou. Mas não contei sequer uma palavra arrogante. Nos tempos em que vivemos, nada melhor do que isso: menos de nós. Menos de nós mesmos.

Construção


Eu sou uma defensora dos processos e das etapas... Acredito muito fortemente que tudo o que somos e que fazemos, é tudo fruto daquilo que vamos construindo.Tenho visto muito isso ultimamente em matéria de relacionamentos.

Muita gente por aí acha que você olha pra pessoa, ela olha pra você, toca uma campainha em algum lugar e pronto! Criou-se um relacionamento perfeito, onde as pessoas confiam umas nas outras, não há desavenças e tudo é um mar de rosas! Seus problemas acabaram!

Será?
Não, não é assim. Desconfio muito de relacionamentos onde tudo vai muito bem obrigado. Onde tudo dá certo, onde não há pontos de tensão. E o crescimento, como fica? Longe de mim querer julgar, mas quando tudo vai bem demais, suspeito das máscaras... É muito melhor ter desavenças e vence-las do que não conhece-las e ao mesmo tempo desconhecer quem está ao seu lado...

Metalinguagem (III)

Se tem uma coisa que eu gosto em escrever é que uma mesma frase pode ter sentidos diversos, dependendo de quem a lê. Isso fica muito mais evidente em meus textos no estilo Miscelânea, que mais parecem um bocado de frases sem sentido amontoadas.


O legal é que eu já vi pessoas que escrevem o tempo todo assim. Então eu fico imaginando que a pessoa quis dizer, ao mesmo tempo que aquilo toma sentindo na minha compreensão de mundo. E mais: se eu conversar com qualquer outra pessoa que tenha lido o mesmo texto, ela pode até ter tido a mesma impressão geral mas nunca as mesmas palavras tiveram o mesmo significado.


É por isso que eu sou meio contra interpretação, principalmente de poesias. Me dava nervoso nas aulas de literatura todas aquelas simbologias e metáforas. Ok, concordo, muita coisa faz sentido. Mas mesmo Drummond, sendo O Cara, nem ele poderia ter pensado em tudo aquilo enquanto escrevia! Sempre fico pensando que as coisas querem dizer algo muito mais simples do que aparentam... (que ironia, não? ¬¬').


Talvez grande parte da magia de escrever consista nisso. Saber que você quis dizer uma coisa e pessoas vão entender outra, mas nem por isso você deixou de passar sua mensagem...

L'amour (III)


Mais um da Maria Fernanda Ferraz...
"...e na verdade o amor é mesmo um grande paradoxo. Um estar-se preso por vontade com liberdade. Liberdade de ir, sem a menor vontade de não ficar. Dor que desatina sem doer. Mas dói, a dor e a espera que vêm com a saudade; e que some, se vai sem deixar vestígios, como resposta a um simples olhar sincero. Estamos solitários em meio a multidões. Qual outra companhia seria tão bem-vinda? Escolher não ter escolha. Viver para o outro, temerosos de que o outro deixe de viver por nossa causa. Abrir mão de si mesmo, ser feliz é ver o outro feliz. Camões estava mesmo certo quando dizia que 'tão contrário a si é o mesmo amor'... "

Silêncio


Não adianta. Eu sou tagarela.
Quem me conhece sabe que quando essa matraquinha desembesta a falar, pra fazer parar é difícil... Às vezes até eu mesma me mando parar.
Mas algumas coisas, situações, pessoas, têm a capacidade de me deixar completamente sem palavras. Eu procuro, procuro, procuro, mas nada que eu possa dizer seria suficiente. Aí tem a cena clássica em que eu fico abrindo e fechando a boca repetidas vezes, tentando falar e desistindo, terminando em um "Ah..." de decepção. Como se tivesse comido um pedaço de carne muito grande e precisasse de um tempo pra digerir.
É uma outra característica minha: demoro um bom tempo pra terminar de digerir as informações e encaixá-las no meus esquemas mentais já prontos.
Por isso, momentaneamente, me encontro sem palavras. Tudo que eu possa dizer soará vazio e fútil. Há muito pra dizer, mas nem todo o Aurélio poderia me ajudar nisso. Só me resta esperar o tempo de digestão.
Estou em pleno processo.

Sozinha e solitária

Pra muitos, esses dois adjetivos são sinônimos, ou pelo menos quase equivalentes. Pra mim são absurdamente distintos, embora possam ser complementares.
Sozinha é um estado no qual eu gosto de estar. Adoro sentir-me eu comigo mesma; quieto o suficiente pra ouvir meus pensamentos. Não há vergonha (dizem os comportamentalistas que a vergonha só existe nos contextos sociais). É adoravelmente espaçoso. Posso fazer o que bem entender, como bem entender. É extremamente confortável.
A solidão já vem bem diferente. Estando no meio das pessoas, e sentindo-me apenas eu comigo mesma; quieto demais, os pensamentos gritando dentro da cabeça. Há culpa, por algo que nem se sabe o que é, impossível decifrar. Incomodamente apertado, é preciso se encolher. Não há vontade de fazer o que for, como for. O desconforto inunda tudo ao redor.
Talvez o pior venha na fusão dos dois. Sem ter pra onde correr ou onde se esconder. Ninguém ao redor, cercada apenas pelo vazio. E nesses momentos todas as forças reunidas só servem pra deitar-se encolhida na cama, a cabeça pesada; angústia, choro sem razão de ser. Tudo o que resta é esperar... Pelo quê? Nessas horas, ninguém sabe. É só esperar. E esperar, e esperar...
PS: Nossa, isso realmente ficou um momento "cortando os pulsos". Acalmem-se, estou no meu estado normal e longe de objetos cortantes... rs

Devaneios

Algumas coisas que acontecem no meu dia a dia me fazem pensar nas minhas parcelas de egoísmo e altruísmo. Ou talvez entre o meu egoísmo e o meu bom senso. Acho que todo mundo já passou por situações assim. De saber que tal coisa é o certo, mas ter aquela vontadinha louca de que as coisas aconteçam como você quer. Vontade de bater o pé uma vez na vida, se fazer de mimada, torcer o bico. Quero e pronto. Confesso que em 99% das vezes meu bom senso me vence.


Outro fato é uma mania de querer abraçar o mundo. Ok, não mundo todo, mas as pessoas muito próximas de mim. Às vezes parece que me preocupo mais com os problemas dos outros do que com os meus próprios (que não são muitos, mas enfim). Ver as pessoas que amo angustiadas me deixa angustiada também. E aí quero tomar as dores e resolver tudo. Confesso que em 99% das vezes não há nada que eu possa fazer pra ajudar.


Por fim, tenho o hábito de me modelar às situações. E não adianta, todo mundo faz isso, em maior ou menor grau. Ser mais ou menos gentil, colocar uma máscara. Um dia, todo mundo já fez. Cara de feliz naquele jantar em família na casa da avó, como todo mundo dizendo "como você cresceu" e você lamentando por ter esquecido o mp3 player em casa. Confesso que 99% das pessoas não demonstram perceber quando fazemos isso.


Quanto de cada uma dessas situações é bom ou ruim? Um pergunta interessante. Tenho descoberto lados bons e ruins de cada uma delas, pelo menos pra mim. Fica pra refletir, nessas e em outras situações que você tenha, o lado bom e ruim.


Obs: perdão pela ausência total de nexo...

"Que importa o mal que te atormenta se o sonho te contenta?"



Os sonhos são um mistério para o ser humano. Descobrir e decifrar o que se passa na nossa mente enquanto dormimos é uma tarefa que atormenta cientistas, psicólogos, advinhadores e simples mortais como eu e você. Vou tentar contar rapidinho o que se sabe sobre os sonhos.
Enquanto dormimos, passamos por um período do sono que se chama "sono REM" (o nome vem do movimento rápido dos olhos por baixo das pálpebras - sim! Dá pra ver quando alguém está sonhando), e é nessa hora que sonhamos. O mais legal é que precisamos sonhar. Fizeram um estudo em que acordavam os sujeitos quando eles começavam a sonhar, por uma semana. Depois, monitorando o sono deles, descobriram que eles sonhavam por mais tempo e começavam a sonhar mais cedo, como se o cérebro quisesse recuperar o tempo perdido!
A explicação de onde eles vem e como funcionam já é bem mais complicada e controversa. Diz a ciência que são só impulsos elétricos todos misturados e confusos, passando pelos neurônios, criando imagens e projetando isso na nossa mente. Já o amigo Freud (olha o meu pézinho na psicologia) vem dizer que os sonhos são realizações do desejo (lógico que ele vai tornas as coisas beeeem complicadas) e é aí onde eu queria chegar.
Sim! Eu fiz todo esse caminho pra falar de realização de desejos. Aqueles sonhos que não acontecem de noite, mas quando estamos acordados, aqueles que nos levam pra Tão Tão Distante. Os que deixam a vida mais bonita. Nossos desejos que, quem sabe, um dia vão se tornar realidade... Esses não têm explicação, poucos tem motivo específico. Mas são os que mais valem a pena.
Fica então a pergunta: vamos correr atrás dos nossos sonhos ou esperar que venha uma fada madrinha e diga Bibidi Bóbidi Bu?

Em ordem



Primeiramente, minhas desculpas pela ausência de uma semana... Alguns reclamaram muuuito, mas precisei desse tempinho, rs. Bom, aqui estou eu!
Quando a gente vai morar sozinho (ou quase sozinho, como eu), acaba por descobrir algumas particularidades que você não conhecia e não teria como conhecer no seu doce e amado lar.
Eu, por exemplo, descobri que eu tenho prazer em fazer bagunça só pra poder arrumar depois. Meu quarto não é um zona, mas também não é um brinco durante a semana. É quase legal ver as coisas se amontoando em cima da minha poltrona. E eu percebi que adoro quando chega a quinta-feira, eu vou arrumar a minha mala e guardar tudo que está fora do lugar, como eu fiz agora pouco. Fico muito feliz em separar tudo e colocar em seu devido lugar.
Pode soar meio hipócrita, eu sei, eu faço a bagunça mas não a suporto. É, mas... São essas pequenas manias que nos tornam únicos. Ou doidos. E você? Já conseguiu pensar na sua enquanto lia esse post? Não?? Procure bem, eu sei que vai encontrar... ; )
Por enquanto, sigo organizando tudo por aqui. Inclusive as idéias para um novo post...

Miscelânea (IV)

O tempo se arrasta e o tempo voa. Segundos, horas, semanas, meses. Era outono; agora, já é quase primavera. Versos, letras e músicas nunca são sufientes; palavras são vazias. E a vida vai passando, entre lágrimas de tristeza e alegria.
Talvez sejamos marionetes, loucas de vontade de cantar: "E se quiser me examinar, não há cordões em mim!". Pensamos que como nosso nariz não cresce, podemos escolher. Mas não. Sentimemtos têm muita força. Eles que controlam nossos "cordões". Esses não podem ser vistos num exame minucioso, apenas existem.
E em meio a peixes, assassinas, marionetes e andróides vamos crescendo. Uma temporada em Neverland seria bom. Ou não. Deixemos o tempo voar e se arrastar sem fim...

Valendo a pena



Uma das coisas nas minha semana que mais me faz pensar é o tempo que eu passo no ônibus, indo e voltando de São Carlos. É um tempinho razoável e essa semana o "tema" dos meus devaneios era se as coisas valem a pena.
Ok, vamos fingir por um minuto que eu não quase surto quando não volto pra casa de final de semana. Mas seria muito mais fácil, rápido e barato não voltar. Provavelmente eu iria descansar muito mais. Poderia fazer o que eu quisesse nos dois dias que teria de folga.
E é aí que eu percebo: o que eu quero é voltar. Porque eu sei que vou ter ótimos momentos voltando pra casa. Que eu vou ver as pessoas que eu amo. Que vou ter tempo pra rir e compartilhar amizades verdadeiras. Que vale a pena passar um tempão na estrada só pra ter esses momentos.
Pois como diria o poeta português (rs) Fernando Pessoa "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"... Espero ter uma alma bem grande... rsrs

Seguidores


Como prometido, estou voltando ao assunto dos seguidores e modelos.
Caso você tenha estado em Júpiter nos últimos tempos e não faça a menor idéia do que seja Twitter, eu explico: o Twitter nada mais é do que uma rede de pessoas, assim como o Orkut, que se baseia em seguir e ser seguido por pessoas. Você dispõe de um campo pra digitar até 140 caracteres e, quem te segue recebe tudo o que você escreve e você recebe tudo o que as pessoas que você está seguindo escrevem. Entenderam? Muito bem.
E você me pergunta: o que tem isso demais? Tem e não tem. Desde que eu criei a minha página por lá, fiquei pensando no poder que tem essa ferramenta. Uma das pessoas mais seguidas é o Ashton Kutcher (sim, o ator) com 3.515.141 seguidores até o presente momento. Percebe a influência? Mais de três milhões de pessoas param pra ler o que esse cara escreve!
Sentiu, né?
Só pra fechar, assim como as comunidades do Orkut revelam muito sobre você, as pessoas que você segue também revelam. "Diga com quem andas e te direi quem és", não é assim que dizem por aí? Pense bem em quem você está seguindo. Não, não é lição de moral, não estou aqui pra isso. É só uma reflexão.
E aí? Quem você está seguindo?

Estímulo


Sim, eu já fiz aulas de ballet clássico. E não, eu nunca cheguei nem perto do nível dessa foto (pra quem não entende absolutamente nada do assunto, esses bailarinos são muito bons, são do Royal Ballet).
Eu sinto muita falta de dançar, mas por motivos maiores estou parada há algum tempo. E uma das coisas que eu sinto mais falta é desse estímulo. Porque todo mundo que dança ballet, mesmo que não tenha a menor intenção de ingressar numa companhia e seguir carreira, sonha em dançar bem assim. Em, um dia, fazer os passos mais difíceis, ser realmente bom.
Na vida, acredito que às vezes precisamos desses estímulos. Modelos em que se espelhar, um ideal a se alcançar. Cabe portanto, a cada um de nós escolher quem são os nossos modelos, a quem seguimos. Hum, isso daria uma boa discussão... Por enquanto, fica o assunto no ar. Mas prometo voltar a ele...

Encontros e Desencontros

Às vezes tudo parece pré-programado a dar certo. Outras, a dar errado.
Há dias com todos os sinais verdes, outro com todos vermelhos.
Ônibus lotado. Ônibus vazio.
Chuva e sandália. Sol e sandália.
Manteiga pra baixo. Pão quieto no prato.
Chutar o pé da mesa descalço. Massagem nos pés.
Mas também tem o meio termo.
Sinal amarelo.
Lugar no ônibus.
Frio e tênis.
Manteiga pra cima.
Errar o chute.
E aí o poeta poderia estar errado: "A vida é mesmo assim; dia e noite, não e sim".
Ele só se esqueceu do talvez. A melhor parte.

L'amour (II)


Bom, esses dias eu tava fuçando aí pela internet e encontrei esse pequeno trecho da Maria Fernanda Ferraz. Por algum motivo, acabei gostando. Não sei se cabe, mas vale a pena pelo menos pensar um pouco a respeito. Aí vai:

"Talvez amar também consista em aprender a odiar alguém e mesmo assim, não sentir a menor vontade de fazê-lo. Veja bem, eu não disse 'escolher não fazê-lo' eu disse 'não sentir vontade'. Muito provavelmente a linha seja bem tênue, mas ela é presente. Querendo ou não, aprendemos a odiar as pessoas. Descobrimos seus defeitos, seus lados obscuros, as coisas das quais não gostamos. E acredito que, se mesmo assim ainda não sentimos vontade de nos afastarmos delas e, mais ainda, queremos na verdade nos aproximar mais e mais, então, aí está o amor."

Desmanchando no ar

Tenho tido umas aulas muito interesantes de Ciências Sociais, cujo tema tem sido a modernidade: o conceito, a realidade e coisas assim. O que (adivinha?) me fez pensar um bocado...
A frase mais marcante e a base da discussão toda é de Karl Marx (isso mesmo, aquele do comunismo) que diz que nos tempos modernos "tudo que é sólido desmancha no ar". E bom, é verdade. Hoje em dia, tudo que vemos, pensamos, acreditamos, compramos, tudo pode ser superado. Não sobrou quase nada que seja certo, seguro.
O mundo moderno é o que está constantemente superando a si mesmo. O exemplo que meu professor usa é o de um computador: você pode ir hoje na loja e gastar um dinehirão comprando o último modelo, mas daqui a um mês, já vão ter lançado algo novo e o seu vai estar obsoleto.
Mas o que consigo pensar a partir de tudo isso é que, ainda bem que a minha felicidade (como diria um sábio amigo) não se encontra nem depende nessas coisas mutáveis e imperfeitas, mas de um Ser Perfeito, completamente imune à essas modernidades...

Aquelas Surpresas (II)


Esse final de semana foi muito bom em alguns aspectos bem diferentes entre si. Mas acho que o que mais me marcou é que eu pude ajudar duas pessoas bem próximas a mim, ok, duas pessoas que são amigas, embora de diferentes maneiras. Não estou contando isso pra mérito meu, vocês logo vão entender.
Quando eu digo diferentes maneiras eu não estou brincando; as diferenças são até meio radicais. Um foi próximo, o outro consideravelmente distante. Em um eu mais falei, em outro, mais escutei. Num, efeito imediato; noutro, foi preciso esperar. Mas em ambos, era claro uma coisa: a mão de Deus guiando tudo.
Talvez, essas duas pessoas estivessem precisando de um help naquele momento. Mas com certeza, quem acabou ajudando foram elas. Ajudando, pude ver que eu também estava precisando de um click. Foi mais uma daquelas surpresas. E, puxa, que surpresa boa...

Fool Girls


Talvez isso aqui seja um pouco denso. Estive pensando e conversando sobre essa futilidade de hoje em dia em muitas garotas. Não pude deixar de me lembrar desse filme (Mean Girls). Guardadas as devidas proporções caricatas do filme, existem sim muitas meninas assim! E o pior: cada vez mais cedo.
Fico mesmo chocada de ver garotas (garotas não, meninas) com seus 13 ou 14 anos e já saindo pra "Balada Teen", com 350 fotos no orkut (nada contra o orkut em si), totalmente centradas em seus umbigos, se tornando objetos e se deixando tratar como objetos.
Aí algumas coisas passam pela minha cabeça. Quem são as mães dessas crianças? Quero dizer, elas sabem que isso acontece e acham lindo e maravilhoso ou ainda pensam que tem suas doces e lindas filhinhas quando na verdade o rumo tomado já foi outro?
Sertá que essas meninas acham que se tratar e se expor dessas forma vai torná-las melhores? E mais: melhores que quem? A garota fora do esteriótipo que consegue conversar por mais de cinco minutos sobre algo que não seja ela mesma?
É triste. E mais triste ainda perceber que isso acontece ao nosso lado, o tempo todo. Acabo concluindo que grande parte disso se deve à falta de estrutura familiar, valores, bases. A família anda perdendo o seu valor. E isso é uma discussão maior ainda. Por hora, deixo um versículo, que é mais do que preciso:
"Ensina a criança no caminho em que deve andar e, ainda quando for velho, não se desviará dele" - Provérbios 22:6

Das ironias da vida

Uma das pessoas mais altruístas que conheço também é uma das pessoas mais egoístas que conheço....

Um brinde ao Amor


Gostei dessa imagem. Fica em homenagem aos corações apaixonados, os corações partidos, e os desesperados. Àqueles que batem forte no peito e àqueles que aguardam silenciosa e ardentemente pela sua vez de bater. Àqueles inconstantes e aos que já se encontram no seu ritmo.
TinTin

Hora de voltar

E chegou o fim das férias. E a hora de voltar às aulas. Foi-se o tempo em que o último dia de férias era destinado a preparar a mochila, apontar os lápis de cor e verificar se estar faltando alguma coisa...

Agora é tempo de arrumar as malas. Voltar à realidade. Fico com a ligeira impressão de que esse um mês e meio em casa não passou de um sonho, num final de semana que dormi demais. Aconteceu tanta coisa e tão depressa... No fim das contas, perdão pelo clichê, parece que foi ontem que meus pais foram me buscar em São Carlos...

Felizmente a realidade passa quase mais rápido do que o sonho, ou pelo menos tão rápido quanto. Com os dias cheios, mal respiro e lá se foi mais uma semana... Logo já estou de férias outra vez... Mas que doida! Nem fui e já estou pensando em voltar! É melhor, como disse um sábio amigo, deixar de ficar pensando no passado e planejando o futuro. É hora de viver o presente, curtir o momento; e o momento agora é de voltar à vida normal...

Metalinguagem (II)



Bom, acho que antes de mais nada devo desculpas aos que ainda tem a paciência de abrir meu blog. Sim, eu sei que fiquei um tempão, acho que cerca de um mês (depois de um tempo, a culpa faz a gente parar de contar) sem escrever uma palavrinha sequer aqui. Mas, eu estou de volta e, se você tiver um pouquinho mais de paciência comigo, eu vou colocar tudo em dia por aqui...

O maior motivo dessa minha ausência foi um "bloqueio criativo". Por pior que isso seja, costuma acontecer em duas ocasiões: quando eu estou muito feliz ou quando estou em férias. Haha. Só que nesse último mês, estive feliz e de férias - mistura rara, devo dizer. O resultado foi esse vácuo que ficou no meu blog...

Devo confessar que quando finalmente tomei vergonha na cara e abri a página principal do provedor do blog (a frustração pelo bloqueio era tal que eu deixei até de ler os blogs dos meus amigos - não, não fiquei nada contente com isso) e cliquei no botão "Nova Postagem" me bateu um friozinho na barriga, foi como se eu estivesse abrindo um livro há muito fechado, como se fosse encontrar teias de aranha ou coisas do tipo - ainda bem que a internet me livra disso, sinto calafrios só de pensar nas aranhas... rsrs

Mas talvez você esteja se perguntando: "Uai, mas se ela está de férias, a lógica não seria ela ter mais tempo pra pensar no que escrever e manter o blog todo certinho???". Tem lógica, eu sei. Mas ficar parada em casa nem sempre é o melhor estímulo quando se quer escrever. Me faltavam as aulas e os professores amalucados da faculdade, as conversas sem cérebro, as pessoas tão diferentes de mim que costumam estar ao meu redor.

Não que não tenha acontecido nada nessas férias que fosse digno de nota, pelo contrário. Tudo isso só precisava ser adequadamente digerido, ruminado, como disse um certo alguém, pra que pudesse se tornar novas idéias e novos posts.

Enfim, já falei muuuuito. Mas isso é só o começo. Eu estou de volta e vem muito mais por aí... : )

Perfume

Hoje eu assisti a um ótimo filme, que aliás, suuuper recomendo, chamado Perfume de Mulher, superclássico com Al Pacino. E imagina se eu não fiquei pensando sobre essas coisas dos cheiros.

Perfumes sempre me marcaram muito, tenho o costume de associar cheiros à pessoas. Eu mesma, quase não posso usar perfume (rinite alérgica, conhece? rs), mas é entrar em algum lugar e sentir certo aroma que pronto: "nossa, cheiro de tal pessoa...".

E não necessariamente só de pessoas. Às vezes lugares, comidas ou coisas assim. Os aromas nos despertam recordações, assim como as músicas ou as imagens. Em um dos casos de Hercule Poirot (detetive, personagem de Agatha Christie) em que ele desvenda um crime ocorrido há muitos anos, Poirot usa exatamente esse artifício: uma essência pra fazer aparecer uma memória.

Enfim, seja perfume francês ou sabonete, shampoo ou o cheiro da própria pessoa; uma hora ou outra nos veremos envolvidos por algum desses deliciosos aromas...

Viajar

(Obs: é, o blog não está lá essas coisas, mas até que eu arranje alguém que entenda do assunto, vai ficando assim... pelo menos ele voltou à vida...)
Ah, as férias. 30 dias pra se fazer o que der na telha. Ou, melhor ainda, não fazer absolutamente nada. Depois de meses de aula, trabalho ou o que quer que seja, todo ser humano merece esse tempinho pra si. E, o que melhor pra se fazer do que viajar?
Eu, particularmente, costumo ir visitar minhas avós. Ir pro interior (ok, mais pro interior), sentir o adorável calor de 30ºC mesmo em Julho, comer comida gostosa, ouvir histórias de quando meus pais tinham a minha idade... Bom, eu adoro. Pode não ser o melhor lugar do mundo, pode não ter o conforto todo da minha casa (microondas, internet...), mas eu espero os dias de viajar.
E, sem sombra de dúvidas, o melhor de viajar é voltar pra casa. Não pelo conforto, mas por aquela sensação que eu já descrevi aqui, aquela de estar no seu porto seguro. Amanhã eu volto pra casa. Amanhã.

Observação

Ah, infelizmente estou com alguns probleminha técnicos no blog... fui tentar colocar um novo template, mas, ao que parece, não é tão simples como dizem os tutoriais (embora eu já tenha feito isso outras vezes)... Enfim, peço por favor, que ignorem esses detalhezinhos esquizitos... Vou consertar tudo... rsrs

Ah, infelizmente [2] meu computador também está com alguns probleminhas técnicos (no momento estou no computador da facul) e está beeem difícil postar e tal. Junte tudo isso a uma viagem pro interior ("internet? o que é isso?") e bem, dá pra imaginar o resultado... ¬¬'

Prometo que dentro em breve, tudo isso será sanado... Enquanto isso, sugiro os blogs da barra ali do lado... vale a pena dar uma conferida, são todos muuuuito legais... : )

Bom, é isso... mas não desistam do meu blog, tudo fica bem no fim! : )

Abraços.
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Diferença


Bom, hoje eu estava martelando com os meus botões um pouco mais do que o normal. Digo isso porque não é muito incomum me encontrar com uma cara de hamburger (como diria um certo alguém) e a cabeça pra lá de Jupter. Mas hoje Júpter tinha ficado a uns bons anos-luz.
O motivo desse meu devaneio todo é que tenho percebido as pessoas fazendo diferença na minha vida. Eu, felizmente (muito felizmente) tenho visto não relacionamentos superficiais, oi-tudo bem-tudo-beijo-tchau, mas laços mais firmes e profundos, apesar do tempo relativamente curto. São descobertas que vão se dando a cada dia, mais daquelas coisas que parecem bobas, mas que no conjunto da obra, dão um tchan (como diria outro certo alguém).
O que me faz pensar em até que ponto eu faço diferença na vida das pessoas. Até que ponto cada um de nós pode mudar a vida e a história de alguém? Quanto nós podemos ser "úteis" (no melhor sentido da palavra) pra aqueles que estão ao nosso redor? Eu acredito que muito.
E digo mais, não raramente, fazemos isso de maneira inconsciente. Acho que nunca chegamos a saber quanto participamos realmente da vida das pessoas até que alguém nos diga. E só sei disso porque tenho certeza que as pessoas que tem feito essa diferença na minha vida não fazem idéia nem da metade do que fazem e significam.
Enfim, fica então o dever de casa pra... bem, pra daqui pra frente: lembrar-se de dizer para aqueles que nos cercam quão bem eles nos fazem. Tenho começado a fazer isso e posso atestar: faz bem pra todo mundo.

Miscelânea (III)

Amanhece mais um dia chuvoso na triste cidade. Felizmente, aparentemente a previsão para amanhã é sol. Quem sabe. As frustrações também acontecem, parecendo vir nos testar. Testar nossa paciência.
Só o que precisamos é um pouco mais de paciência. Esperar pra ver o final dessas histórias. Histórias de misturas insanas de afinidades e carências. Histórias dessas consequências. Mas tudo está bem quando termina bem. Dessa vez foi preciso citar Shakespeare.
Não saber. Simples assim... Ignorar também pode fazer bem. Todos ignoramos. Noob¹ somos todos...²


¹gíria de fãs de games e afins para aqueles que não entendem nada do assunto.

²agradecimento especial ao Yuri, por sua colaboração nesse post. Obrigada!

ERROR 365: MISUNDERSTOOD


Eu estava pensando esses dias como a comunicação é importante. O dom de podermos expressar para os outros aquilo que pensamos e sentimos é muito útil, diria até essencial (feliz ou infelizmente, não somos capazes de ler mentes...). O que me faz pensar nas falhas de comunicação.
Às vezes uma palavra mal entendida, uma entonação errada (ou a falta de entonação no caso daqueles que usam a internet); coisas mínimas que acabam fazendo a diferença e, não raramente, causando uma tempestade por nada.
Acho que todo mundo consegue pensar num exemplo que já viveu por uma informação errada ou algo assim: se perder, aparecer na hora/lugar errado, estudar pra prova que é dali a um mês, no lugar da de hoje... Enfim, mil e uma coisas, simples ou catastróficas, que acabam sendo empecilhos no nosso dia a dia...
Mas, felizmente, quase sempre esses erros podem ser reparados, com certa rapidez e facilidade, apenas fazendo o que deveria ter sido feito antes: comunicando-se claramente... Ainda bem, porque se cada erro desses fosse irreverssível...

Amigo Murphy


Eu não sei quanto a vocês, mas às vezes eu tenho a impressão de que o Murphy gosta muito de mim. Ou, na verdade, não gosta. Se tem alguém meio perdido, eu explico. Leis de Murphy. "Se algo pode dar errado, vai dar errado", "Tudo sempre pode piorar" e por aí vai.
Pode muito bem ser esse momento de tensão, mas é bem aí que o danado me pega. A hora que eu acho que tá ruim, vem um maluquinho da Silva, formado em física e pós-graduando em psicologia (???) e complica ainda mais minha vida.
Pra isso ficar mais divertido e não um lenga-lenga sobre meu Terrível Fim de Semestre, cito alguns fatos, regidos pelo nosso Amigo Murphy. Divirta-se!
"Lei do esparadrapo: existem dois tipos de esparadrapo - o que não gruda e o que não sai"
"Lei das unidades de medida: se estiver escrito 'tamanho único' é porque não serve em ninguém"
"Lei da queda livre: a) a probabilidade de o pão cair com a manteiga virada para baixo é proporcional ao valor do tapete; e b) qualquer esforço para agarrar um objeto em queda provocará mais destruição do que se o deixássemos cair naturalmente"
"Lei da telefonia: a) se você discar para o número de telefone errado, ele nunca estará ocupado; e b) todo corpo imerso em uma banheira faz o telefone tocar"
Não adianta fugir dele. Ele sempre vem até você...

Life I love

Nesse tempo morando fora, passei a dar um valor tremendo aos meus finais de semana. E como bom ser humano, dou mais valor ainda quando sou privada de voltar pra casa, como essa semana. Mas, um dos momentos que eu mais espero é o meu sábado. Sábado é o dia. O dia em que eu tenho a chance de ficar mais perto dos meus amigos e (superhipermegaultra legal) temos a oportunidade de fazer música.
Eu já falei aqui que sou muito ligada à música, mas melhor do que ouvir, é fazer. Aparentemente, nada demais. Violão, teclado, bateria, flautas, microfone. Quase sempre as mesmas músicas - as nossas favoritas. E, incrivelmente, cada vez que tocamos juntos (seja música góspel, secular, trilha sonora da Disney ou o que for), me sinto diferente, mas sempre, extremamente bem.
Esse momento de proximidade, de trocar olhares, dar risada quando erramos e festejar quando acertamos. E ali, naquele espaço de tempo, estamos nos conhecendo melhor, nos aproximando, partilhando nossas vidas. Simples e ao mesmo tempo profundo. Do jeitinho que eu gosto.
"Life I love is make music with my friends and I can't wait to get on the road again"

Metalinguagem

Primeiramente, perdão. Peço infinitas desculpas pelo espaço de tempo prolongado entre minhas últimas postagens. Mas, se é que isso pode me redimir, estou em fim de semestre na faculdade e, pelo que dizem os meus veteranos, o primeiro semestre é o pior do curso. Enfim, mais duas semanas e meia e eu me livro disso. Pelo menos vou ter um mês pra descansar.



Na verdade, não sei muito bem sobre o que quero falar. São muitas coisas que têm estado na minha mente ultimamente. Muito tem acontecido e isso tem gerado um milhão e trezentas mil coisas sobre as quais eu poderia escrever, mas, na verdade, no meio de tudo isso não consigo parar e dizer: "nossa, é sobre isso que eu quero falar".

Acho isso quase divertido na verdade. Quando criei o blog, pensava muito em escrever sobre isso ou aquilo e, hoje, alguns meses depois, os assuntos tem fluído de uma maneira diferente, até mais natural. E, por mais que eu me sinta meio que com um pouco de peso na consciência quando passo dias e dias sem postar, a ausência daquele "desespero" do começo é uma sensação muito gostosa.

Na verdade, eu mesma vou aprendendo comigo. Aprendendo a me encontrar, encontar o meu jeito de escrever, o meu modo de conseguir passar pra você, que resolve ler meu blog, aquilo que está se passando desse lado do monitor. Vou deixando aos poucos de olhar outros blogs e pensar "nossa, ainda tenho que comer muito feijão com arroz" e começo a me sentir mais confiante sobre mim mesma. Não que eu não tenha o que melhorar - lóoogico que sempre há! - mas bem, aos poucos vou descobrindo o meu estilo.

Ufa! Bom, só pra variar, pra quem não tinha muito o que falar, acabei falando bastante... Moral da história? Não sei. Fica a cada um encontar aqui nessa bagunça, a carapuça que vai lhe servir... : )

L'amour


Bom, caso você tenha estado em Júpiter nos últimos tempos e esteja se perguntando quem é o bonitão ali do lado, eu explico: ele é Robert Pattinson, mas o que importa mesmo é que ele está na pele de Edward Cullen, o vampiro mais thuco thuco dos último século, que leva milhões ao delírio (calma, não desista ainda de ler meu post).
Não vou mentir descaradamente e dizer que nunca soltei nem um leve suspiro por esses olhos cor de mel, mas ele sempre me deixou com um pézinho atrás. Quero dizer, a história de amor entre ele e a Bella é linda e tudo o mais. Só que (tietes, não me apedrejem por isso) é muito fácil amá-lo.
Claro que o fato de ele ser vampiro é sempre um obstáculo, mas, tirando isso, ele é perfeito. Perfeito até demais. Bonito, inteligente, rico, educado. Entende? Amá-lo é simples assim. A questão é que amar é uma atitude. Nós escolhemos todos os dias olhar pra os que estão ao nosso redor (e isso não é só amor homem-mulher) e, mesmo sabendo que eles não são nada perfeitos, que vão pisar na bola de vez em quando, que vão haver momentos em que as coisas vão ficar turbulentas, escolhemos amá-los. E isso vale pelo outro lado, porque nós também não somos perfeitos.
Enfim, amar quase nunca é simples. Envolve doar-se e estar pronto a receber. E, como falar de amor sem lembrar do Amor Maior, Daquele que deu Sua própria vida em favor de nós - sem querer absolutamente nada em troca??

Momentos


Sim, eu sou o tipo de pessoa que fica meio afetada com os livros que lê. E (re)ler "A irmandade das Calças Viajantes" pra mim é sempre muito legal. Participar, mesmo como expectadora, dessa incrível história de amizade, cumplicidade e lealdade, me deixa a pensar nos meus próprios momentos de irmandade.
Ficar acordada até de madrugada comendo doces, tomando coca-cola (ou turbaína!) e assistindo filmes como "Grease". Olhar uma pra cara da outra e lembrar da mesma piada. Cantar dezenas de vezes o mesmo refrão da musica mais pop de todas, em alto e bom som. Sair correndo só por correr. Carregar um colchão pelo condomínio. Ser rapper, roqueiro e dançarina da Beyoncè, tudo de uma só vez.
É, somos muito diferentes. Mas somos muito iguais. Talvez não possamos ser inseparáveis pelo resto de nossas vidas, porém, com certeza, teremos aventuras pra contar pros nossos netos...
Viva esses momentos. Eles são raros.
"No way, to beautiful girl... That's whay it'll never work: you'll have me suicide, suicide, suicide..."

Pedaço da alma


Esse post se dedica a falar sobre, se não o único, meu maior vício: escrever. Claro, você deve estar pensando, se ela não gostasse de escrever, ela não teria um blog - dãa. É, eu sei, mas pra mim, não é só um passatempo, é um vício mesmo, uma necessidade.
Todo esse comichão começou quando eu resolvi escrever diários. No começo era totalmente "hoje fiz isso, isso e isso", mas com o passar do tempo, aquilo foi se infiltrando na minha vida e hoje é algo essencial.
Não se trata apenas de fazer um relato preciso das suas ações. É muito mais. São seus pensamentos, seus sentimentos, é você ali, naquele pedaço de papel. É realmente, um pedaço da alma. Então escrever se torna algo normal. Não esqueço uma frase que li num livro (por acaso, da série O Diário da Princesa) em que Mia, a protagonista, dizia algo como: "Nunca pensei em escrever como um talento. Pra mim, escrever é como, sei lá, respirar". Não preciso pensar demasiadamente, simplesmente flui.
O mais interessante de tudo? Poder ver claramente como éramos e como somos; como mudamos, como amadurecemos....

"As coisas mudam sempre, mas a vida não é só como eu espero"


Ouvi esse verso na música do Charlie Brown Jr ("Uma criança com o seu olhar") e fiquei pensando: ainda bem que as coisas não são só como eu espero!
Já percebeu como temos o hábito de ter expectativas pra nós mesmos que são confortavelmente medíocres? Vejo que eu mesma acabo sendo assim: espero por coisas que a princípio parecem boas, muito boas. Na verdade, provavelmente o termo certo seja confortáveis. Não, nenhum de nós quer sair da zona de conforto... Mas, felizmente as coisas mudam, a vida dá suas reviravoltas e então, quando nos damos conta, a realidade em que nos encontramos faz nossas expectativas anteriores incrivelmente medíocres.
São mais daquelas surpresas da vida. Ainda bem que todas elas nos levam pra onde devemos estar. Ainda bem...
"Mas se for pra falar de algo bom, eu sempre vou lembrar de você..."
Ainda no clima das estrelas, deixo esse soneto, o meu favorito...


Olavo Bilac: Soneto XIII De Via Lactea

Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E vos direi, no entanto
Que, para ouvi-las, muita vezes desperto
e abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Lactea, como um palio aberto,
Cintila. E, ao vir o sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entende-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."
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Céu estrelado


Sempre tive um fraco por estrelas. Pra mim é fascinante pensar em quantas elas são, como grãos de areia numa praia... Ou então que só vemos o passado delas, uma história que viajou tantos anos-luz pra chegar até nós. Todo esse brilho me arranca o fôlego.
Olhar pro alto e contemplá-las: aí está algo que eu poderia fazer por um tempo indeterminado sem me cansar. É quase hipnotizante. A imensidão do céu, repleta dos infinitos pontinhos brilhantes...
Elas me fazem pensar em tantas coisas... Na plenitude do Criador, em como Ele brinca com elas em Suas mãos. No olhar de pessoas que estão distantes, ou até perto. Na paz impenetrável que as cerca e que me cerca ao observá-las...
Esse brilho que me inunda... Essa paz que me invade...

Waiting, always waiting...


O tempo é um assunto que me persegue (risos). Mas dessa vez são as esperas. Não, o tempo não consegue correr regularmente. Ele parece acelerar e correr em momentos específicos, exatamente ao contrário do que queremos.
Se um momento merece ser prolongado, durar eternamente, então os minutos aceleram de maneira absurda. Agora, se você precisa encarecidamente de que a semana voe, ou que as horas evaporem, então os segundos se arrastam, lentamente, emendando-se cuidadosamente uns nos outros... E quanto mais esperamos por algo, mais lenta é essa conexão.
E assim ficamos nós, supresos ao olhar pro relógio e ver que "já são" ou então desgostosos ao perceber que "ainda são" (geralmente um minuto a mais do que da última olhada...). É, tempo passando conforme lhe convém. Não se lembra nunca de perguntar se me convém...

Paz


Chega uma hora em que o estágio de "alegria extrema e incontrolável" é superado. Então, vem a paz.
Uma tranquilidade, serenidade, a leveza característica de quando tudo funciona muito bem, obrigado. E do que mais se pode precisar?

"A paz invadiu o meu coração

De repente se encheu de paz

Como se o vento de um tufão

Arrancasse meus pés do chão..."

Bem estar bem

Quem nunca se sentiu absurdamente feliz?
Aquela sensação de leveza e paz, extrema e incontrolavelmente...
Aquele sorriso estampado no rosto sem motivo algum;
Simplesmente acordar de bom humor.
E nada, nada, pode mudar seu estado.
Dançar, saltar, cantar, fazer papel de bobo...
São dias raros, mas que fazem a diferença.
Amo me sentir assim...

Miscelânea (II)

A paz do crepúsculo trocada pela marcação do tempo. Marcando o tempo pelo sorriso. O sorriso que se muda em rosto, volta a sorriso e logo desaparece; depois retorna, alternando-se em fases. O sorriso brilhante estampado no céu a encarar. Continua girando, rindo, dançando; cantando sua canção. Não pode evitar. Mesmo que isso cause bagunça. Mais bagunça. Quase sempre é arrumar a bagunça que o outro deixou. Tentar consertar as impressões erradas. Quem sabe se fosse éter: quase perfeito, quase imóvel. Pena que Aristóteles estava errado... O tempo, o tempo, o tempo. Rendo-me: tudo é mesmo o tempo...

Home


Nessa minha vida de viajante, sou frequentemente lembrada de como é bom estar em casa. Quem já foi morar fora, talvez possa me entender melhor: por mais legal que seja estar em outro lugar, não tem como não sentir falta de algumas coisas, como o cheiro que só a nossa casa tem...
Mas então eu fico a me perguntar: onde é a nossa verdadeira casa? Se eu recorrer à Kimya Dawson, ela dirá que é onde nosso coração está. Chris Daughtry, me dirá que é o lugar ao qual pertencemos. Sim e sim.
É pra lá que sabemos que sempre podemos voltar; onde não importa o que aconteça, teremos um porto seguro. Onde estão as pessoas que realmente se importam conosco e nos amam. O que não significa necessariamente aquele lugar com quarto, sala, cozinha e banheiro. É onde podemos ser exatamente quem somos, sem medo.
Termino com versos do Daughtry, que dizem: "I'm going to the place where love and feeling good don't ever cost a thing; I'm going home."


Amigo Newton


Não, não se preocupe. Não fui atingida por nenhum raio e passei a ser fã de Isaac Newton. Ainda temos nossas diferenças. Eu só estava pensando em uma das suas leis: Lei da Inércia.
Em uma versão bem simplificada (o pessoal de exatas, me perdoe, mas sou de humanas...) diz que: "Todo corpo em movimento tende a permanecer em movimento até que venham forças externas que o tirem desse estado". Meio contraditório, a Lei da Inércia falar sobre movimento...
O ponto é que o ser humano é absurdamente inerte. E acho que nesse caso, um bom sinonimo seria acomodado. Temos o infeliz hábito de só nos movermos, de só tomarmos a atitude quando tudo fica perigoso ou ameaçador demais. Até o momento em que não somo diretamente atingidos, continuamos sentados nos nossos sofás, assistindo TV; ou em frente ao computador, no msn...
Enfim, não podemos esperar eternamente até que "forças externas" venham a nos remover do nosso estado inerte. Vamos tomar atitudes e deixar as sonecas pra pensadores como o amigo Newton...
A foto é uma "singela homenagem" ao ilustre físico. Quem dera tivesse sido uma jaca no lugar da maçã...

Momento aleatório

Seria uma das grandes ironias da vida: se o primeiro cara que fez um transplante de coração tivesse morrido de ataque cardíaco...




Sim, eu sei... mas foi um pensamento repentino em meio à aula de Fisiologia... e, segundo minhas pesquisas, poucas horas depois de Chistiaan Barnard - médico sul-africano a fazer a primeira dessas cirugias - morrer (de ataque de asma), a mídia divulgou exatamente essa notícia...

Tesouros


Eu vou ter que bater de novo na tecla das coisas pequenas. Na verdade, atitudes pequenas. Aquelas pessoas que a cada dia surpreendem mais e mais. Melhor ainda, muitas vezes, elas não fazem nem idéia de como e o quanto fazem.
Absurdamente simples. O incrível é que elas não fizeram nada demais, nada que não fariam em uma situação normal, em qualquer outro dia, em qualquer outro momento. Mas era o seu momento.
Uma combinação única entre instante exato e atitude inesperada. Pra você e pra você, aquilo tudo fez sentido. Esses são os verdadeiros tesouros, amigos, companheiros, preciosidades. E, se me permitem parafrasear o poeta, se encontrar algum desses, guarde do lado esquerdo do peito, debaixo de sete chaves, dentro do coração...

Resultado da overdose de "Orgulho e Preconceito"


Não adianta. Mr. Darcy é amor.

Aquelas Surpresas

Acho que uma das coisas mais engraçadas dessa vida é que ela tem seu próprio tempo, que, quase invariavelmente, não é o nosso tempo. É incrível como certas coisas tem que acontecer em momentos exatos e não antes, nem depois. E o inexplicável é que elas vem quando menos esperamos.
Quantas vezes nos esforçamos para fazer ou conseguir o que quer que seja, em vão. Despendemos tempo, esforços; pensamos infinitamente. E, logo que paramos de tentar, quando já nem nos damos mais ao trabalho de pensar nisso, conseguimos o que queríamos. Justo quando às vezes, aquilo nem importa mais, perdeu seu valor.
Não sei explicar como, quando, onde, por que. Essa é a graça: não sabemos. Temos que seguir vivendo, temos que esperar o tempo passar. Até que sejamos encantadoramente supreendidos. São aquelas surpresas...

Sobre Quebra-cabeças (III)


Vamos lá, a última peça...

Nós para nós mesmos

Muito provavelmente, essa seja a parte mais difícil de assimilar. Afinal, você deve estar pensando: "Como posso ser um enigma para mim mesmo??". É, eu sei. No entanto, essa é uma verdade. Temos o hábito de pensar que somos ou estamos completos, que nos conhecemos melhor do que ninguém. Mas podemos estar incrivelmente equivocados sobre isso. E só somos capazes de perceber nossos "buracos", nossas peças faltantes quando deixamos que outras pessoas também o façam. O que quero dizer é que a melhor maneira de enxergarmos nossas falhas é deixando que outros as vejam. Não, não podemos finalizar nosso jogo sozinhos. Aliás, não chegamos a finaliza-lo. Será sempre um buscar de novas peças, uma busca em completar os buracos, em poder enchergar a imagem que formamos...


Sobre Quebra-cabeças (II)


Continuando com os quebra-cabeças... : )

Nós para as outras pessoas

Do mesmo jeito que vamos montando, por assim dizer, as pessoas, é evidente que elas também vão coletando e encaixando nossas pecinhas. Parece um tanto estranho pensar sobre isso, mas as pessoas nos observam. Mesmo sem que elas mesmas percebam, estão atentas e vão absorver aquilo que falamos e fazemos. O engraçado é que elas não vão guardar exatamente o mesmo que nós guardamos. Numa conversa, por exemplo. Eu posso me fixar em certa parte, aquilo fica martelando na minha cabeça; o que não quer dizer, absolutamente, que meu interlocutor teve as mesmas impressões e se fixou nos mesmos pontos. Legal, não? Por isso, não temos muito controle sobre as peças que fornecemos: podemos pensar que foi uma coisa, quando na verdade, foi outra, às vezes completamente oposta - não temos portanto, como saber em que ponto do quebra-cabeça nosso amigo se encontra. E mais: não é difícil que cada um que conhecemos, tenha uma imagem diferente do nosso jogo...

Sobre Quebra-cabeças (I)


Não pretendia voltar a essa analogia tão cedo, mas dessa vez foi ela que veio até mim. Deve ter sido minha leitura de Descartes hoje. Ok, eu explico: tenho a idéia de que todos somos grandes quebra-cabeças. E pretendo explicar isso sob três aspectos (em três posts, pra não ficar muito comprido): As pessoas para nós, Nós para as outras pessoas e Nós para nós mesmos. Vamos lá!
As pessoas para nós

Quando conhecemos alguém, tudo o que temos é uma visão de relance de sua caixa. Sabemos que se trataria de uma paisagem, uma natureza morta ou a foto de um animal. Mas somente isso. Aos poucos, conversando, nos aproximando, vamos conseguindo montar as bordas, recebemos peças que aos poucos vão se encaixando. Não raramente, vemos grandes espaços em branco, ou peças que não se encaixam em lugar algum - elas ficam de lado, esperando a hora de serem úteis. Claro que algumas peças são propositadamente retidas, seja temporária ou definitivamente; geralmente essas são as peças-chave para compreendermos as pessoas com quem nos relacionamos. Enfim, é preciso uma boa dose de paciência, tato e sensibilidade se quisermos ver a figura a ser montada. E a compreensão de que, mesmo depois de muito tempo, ainda existirão vazios e peças faltantes...

A Grandeza na Pequenez (O Paradoxo)

A vida é sim, feita de pequenas alegrias. Coisas absurdamente simples que podem mudar o dia de alguém. Um sorriso, um olhar... Pra mim, por exemplo, comprar um simples brigadeiro na saída do refeitório, depois do almoço, me faz muito feliz. Fico com aquela expressão que chamo de "cara de felicidade extrema e incontrolável".

Tem gente que não se conforma com isso. Que diz que eu deveria me alegrar com coisas grandes, pensar grande. Ok, ok. Grandeza é legal. Mas nem sempre temos coisas grandes para aproveitar. Faço o que então? Fico de cara amarrada até que se alcance a paz mundial ou algo assim??

Não, não. Me recuso. Me achem boba, supérflua ou o que for. Vou me manter contente, sorrindo. Viver assim é muito melhor; faz bem. Afinal, a vida dá-se em apreciar a grandeza da pequenez de certas coisas. Desfrute os pequenos momentos da vida...

Além do mais, se não conseguirmos defrutar dessas alegrias, como estaremos sensíveis a perceber e aproveitar as surpresas do nosso dia-a-dia?

Coisas que aprendemos na aula de Fisiologia


Muito bem, mulheres, essa é pra vocês (mas homens, atenção!). Existe uma coisa muito legal que nosso corpo fabrica: serotonina. Essa substância, atua no nosso sistema nervoso, e, quando está em falta, causa sintomas como insônia, apetite exagerado (principalmente por doces), náusea, enxaqueca e alterações de humor.
Hum, quadro familiar, não? Por acaso não te lembra certos dias que te acontecem todos os meses?? Hum?? Sim minha amiga! A nossa querida e adorada TPM, causada em boa parte por baixas quantidades de serotonina no organismo!
Então você me pergunta: "E como eu resolvo isso??". Bem simples na verdade. Uma das maneiras mais fáceis de ocorrer uma maior produção e liberação dessa substância quase mágica, é realizando atividades físicas (aquele bem-estar básico que sentimos depois de uma tarde na academia vem daí!).
E agora, vem a minha sugestão: que atividade física melhor do que fazer compras? Você vai andar muito até encontar a loja certa. Vai carregar o peso das sacolas. E vai potencializar a alegria, já que, ao comprar, nosso Sistema Nervoso também libera a serotonina! Não é o máximo? É por isso que quando estamos tristes, comprar algo nos faz senitr melhor.
Mas cuidado, einh? Ao invés de gastar todo o dinheiro de uma vez, compre algo menor: uma presilha de cabelo, um brinco novo... Você consegue a mesma satisfação e se livra do efeito-rebote, também conhecido como remorso...

It's a looong way...


Estou decicida a falar sobre caminhos. E, embora isso possa se cruzar um pouco com um dos meus primeiros posts, falando sobre processos, quero ver os caminhos, hoje, à luz das escolhas.
Porque sempre chega a hora em que a gente tem de escolher por onde vai seguir. Ou se vai seguir. Lutar ou desistir, parar ou prosseguir. E, se tratando dessa vida, não podemos andar por duas estradas ao mesmo tempo. E mais: não temos jamais como saber o que teria sido se a escolha fosse outra. Somos obrigados a arcar com aquilo que escolhemos.
Não, não é nada fácil ter de fazer escolhas, principalmente porque quase sempre, essas escolhas não afetam somete a nós. Mas acho que, na verdade, ninguém nunca disse que seria...
H., amigo, irmão. Obrigada por me ajudar e me apoiar nas minhas escolhas e caminhos...

"Please, don't stop the music"


A música mexe comigo de maneira distinta. Eu sei que ela mexe com a maioria das pessoas bem intensamente, mas no meu caso, ela faz parte de mim. Como um anexo ou algo assim. O dia em que eu não estiver cantarolando alguma coisa ou escrevendo algum pedaço de uma letra em algum lugar, pode ter certeza que não estou em meu estado normal...
E justamente por essa relação toda, acabo tendo trilhas sonoras muito presentes. Certas músicas vão sempre me lembrar de certos lugares, acontecimentos, pessoas. Algumas vão me fazer sorrir em certos versos, outras me causarão um aperto no peito ao primeiro acorde; seja como for, passe o tempo que passar.
O lado ruim? Ser incomodada por certas coisas em momentos inoportunos. O bom? Lembrar que certas coisas nessa vida não têm preço, saber e sentir que detalhes fazem toda a diferença... No final das contas, apesar dos pesares, continuo sempre montando e moldando minha trilha, sonora ou não...

Querer ou Precisar?


O mundo está cheio de pessoas prontas a dizer aquilo que queremos ouvir. O difícil é encontrar alguém que esteja disposto a dizer aquilo que precisamos ouvir...

Justamente aquele tipo de sinceridade crua, quase fria, que vem meio inesperadamente, geralmente nos deixando com aquela cara de taxo, como quem diz: "você está mesmo me dizendo isso??".

E, incrivelmente, ao ouvir essa verdade nua e crua, as coisas ficam absurdamente mais claras, falta só acender uma luz em algum lugar. Ouvir o que queremos, acalma, conforta, mas ouvir o que precisamos, nos desperta pra realidade.

É o eterno dualismo dos amigos Titãs: "necessidade, desejo; necessidade, vontade"...

(Quase) Necessidades


Às vezes sou acometida pelo que chamo de vontade extrema e incontrolável. Algumas vezes é de escutar uma música, dar um berro, virar cambalhota ou qualquer outra coisa meio bizarra. Mas, na maioria das vezes é de comer alguma coisa.
E, digo isso com certo constrangimento, não sossego nem dou sossego até acalmar minhas lombrigas (sim, isso é muito coisa de vó!). Algumas vontades pra exemplificar: bala de goma, coxinha de queijo, carne seca, bolacha recheada, pastel... Detalhe: somente comidas saudáveis e nutritivas...
O grande problema está em que, enquanto não consigo saciar minha "necessidade", tento mascará-la, comendo outras coisas, mesmo não estando com fome, por pura ansiedade. Aí, isso me faz pensar. Quanto das minhas vontades é real? O quanto é fisiológico e o quanto é psicológico? Quantas vezes no dia a dia sentimos coisas e as deixamos gigantescas? Pior: quanto tentamos camuflar isso tudo?
Como disse um sábio alguém, o pior é que eu nem sei qual a moral da história... Mas sei que não como mais balas da goma por um bom tempo...

Quinta survivor

Quinta-feira pra mim é um dos piores dias. Eu ando pra cima e pra baixo pela faculdade (e pra quem não conhece, a UFSCar é enoooorme) e não passo nem perto do departamento. Mesmo pegando um ônibus circular, ainda assim é uma volta gigante e é tudo muito corrido. Resumindo: chega no final do dia e eu estou quebrada.
A questão é que não dá tempo nem de respirar direito. A hora que eu percebo já está no final da tarde, já foi mais um dia; mais uma semana. E assim as coisas vão indo sem que a gente nem tome noção disso tudo.
Eu sei que é meio clichê falar sobre como o tempo passa rápido. Mas o problema não está na velocidade em que ele parece correr, mas em como tenho a sensação que não dá tempo de viver... Passa tudo num piscar de olhos...