Acho que às vezes é meio assim mesmo. A gente se prepara, se protege, dá nó em pingo d'água, planta bananeira e o que mais conseguir. Aí, parece que não adiantou nada. A catapora me atacou depois que eu entreguei tudo na faculdade. Talvez, se eu não tivesse me precavido, feito tudo antes, tivesse sido atacada na última semana do semestre e aí sim eu teria que fazer mágica pra terminar meu ano bem. No final, valeu a pena.
Agora? Agora estou por dez dias em casa de molho. E todos os filmes que eu não vi, os episódios de One Piece que deixei de lado, as conversas pela metade... agora eu vou ter tempo de sobra... e boa companhia... : )
E viva a catapora.
Deus, deixa-me sentir esse amor que o Senhor criou, em todas as áreas da minha vida. Me torna uma pessoa que vive o Verdadeiro Amor. Amém
O legal é que eu já vi pessoas que escrevem o tempo todo assim. Então eu fico imaginando que a pessoa quis dizer, ao mesmo tempo que aquilo toma sentindo na minha compreensão de mundo. E mais: se eu conversar com qualquer outra pessoa que tenha lido o mesmo texto, ela pode até ter tido a mesma impressão geral mas nunca as mesmas palavras tiveram o mesmo significado.
É por isso que eu sou meio contra interpretação, principalmente de poesias. Me dava nervoso nas aulas de literatura todas aquelas simbologias e metáforas. Ok, concordo, muita coisa faz sentido. Mas mesmo Drummond, sendo O Cara, nem ele poderia ter pensado em tudo aquilo enquanto escrevia! Sempre fico pensando que as coisas querem dizer algo muito mais simples do que aparentam... (que ironia, não? ¬¬').
Outro fato é uma mania de querer abraçar o mundo. Ok, não mundo todo, mas as pessoas muito próximas de mim. Às vezes parece que me preocupo mais com os problemas dos outros do que com os meus próprios (que não são muitos, mas enfim). Ver as pessoas que amo angustiadas me deixa angustiada também. E aí quero tomar as dores e resolver tudo. Confesso que em 99% das vezes não há nada que eu possa fazer pra ajudar.
Por fim, tenho o hábito de me modelar às situações. E não adianta, todo mundo faz isso, em maior ou menor grau. Ser mais ou menos gentil, colocar uma máscara. Um dia, todo mundo já fez. Cara de feliz naquele jantar em família na casa da avó, como todo mundo dizendo "como você cresceu" e você lamentando por ter esquecido o mp3 player em casa. Confesso que 99% das pessoas não demonstram perceber quando fazemos isso.
Quanto de cada uma dessas situações é bom ou ruim? Um pergunta interessante. Tenho descoberto lados bons e ruins de cada uma delas, pelo menos pra mim. Fica pra refletir, nessas e em outras situações que você tenha, o lado bom e ruim.
Obs: perdão pela ausência total de nexo...
Mas também tem o meio termo.Sinal amarelo.Lugar no ônibus.Frio e tênis.Manteiga pra cima.Errar o chute.
"Talvez amar também consista em aprender a odiar alguém e mesmo assim, não sentir a menor vontade de fazê-lo. Veja bem, eu não disse 'escolher não fazê-lo' eu disse 'não sentir vontade'. Muito provavelmente a linha seja bem tênue, mas ela é presente. Querendo ou não, aprendemos a odiar as pessoas. Descobrimos seus defeitos, seus lados obscuros, as coisas das quais não gostamos. E acredito que, se mesmo assim ainda não sentimos vontade de nos afastarmos delas e, mais ainda, queremos na verdade nos aproximar mais e mais, então, aí está o amor."
Agora é tempo de arrumar as malas. Voltar à realidade. Fico com a ligeira impressão de que esse um mês e meio em casa não passou de um sonho, num final de semana que dormi demais. Aconteceu tanta coisa e tão depressa... No fim das contas, perdão pelo clichê, parece que foi ontem que meus pais foram me buscar em São Carlos...
Felizmente a realidade passa quase mais rápido do que o sonho, ou pelo menos tão rápido quanto. Com os dias cheios, mal respiro e lá se foi mais uma semana... Logo já estou de férias outra vez... Mas que doida! Nem fui e já estou pensando em voltar! É melhor, como disse um sábio amigo, deixar de ficar pensando no passado e planejando o futuro. É hora de viver o presente, curtir o momento; e o momento agora é de voltar à vida normal...
Bom, acho que antes de mais nada devo desculpas aos que ainda tem a paciência de abrir meu blog. Sim, eu sei que fiquei um tempão, acho que cerca de um mês (depois de um tempo, a culpa faz a gente parar de contar) sem escrever uma palavrinha sequer aqui. Mas, eu estou de volta e, se você tiver um pouquinho mais de paciência comigo, eu vou colocar tudo em dia por aqui...
O maior motivo dessa minha ausência foi um "bloqueio criativo". Por pior que isso seja, costuma acontecer em duas ocasiões: quando eu estou muito feliz ou quando estou em férias. Haha. Só que nesse último mês, estive feliz e de férias - mistura rara, devo dizer. O resultado foi esse vácuo que ficou no meu blog...
Devo confessar que quando finalmente tomei vergonha na cara e abri a página principal do provedor do blog (a frustração pelo bloqueio era tal que eu deixei até de ler os blogs dos meus amigos - não, não fiquei nada contente com isso) e cliquei no botão "Nova Postagem" me bateu um friozinho na barriga, foi como se eu estivesse abrindo um livro há muito fechado, como se fosse encontrar teias de aranha ou coisas do tipo - ainda bem que a internet me livra disso, sinto calafrios só de pensar nas aranhas... rsrs
Mas talvez você esteja se perguntando: "Uai, mas se ela está de férias, a lógica não seria ela ter mais tempo pra pensar no que escrever e manter o blog todo certinho???". Tem lógica, eu sei. Mas ficar parada em casa nem sempre é o melhor estímulo quando se quer escrever. Me faltavam as aulas e os professores amalucados da faculdade, as conversas sem cérebro, as pessoas tão diferentes de mim que costumam estar ao meu redor.
Não que não tenha acontecido nada nessas férias que fosse digno de nota, pelo contrário. Tudo isso só precisava ser adequadamente digerido, ruminado, como disse um certo alguém, pra que pudesse se tornar novas idéias e novos posts.
Enfim, já falei muuuuito. Mas isso é só o começo. Eu estou de volta e vem muito mais por aí... : )
Perfumes sempre me marcaram muito, tenho o costume de associar cheiros à pessoas. Eu mesma, quase não posso usar perfume (rinite alérgica, conhece? rs), mas é entrar em algum lugar e sentir certo aroma que pronto: "nossa, cheiro de tal pessoa...".
E não necessariamente só de pessoas. Às vezes lugares, comidas ou coisas assim. Os aromas nos despertam recordações, assim como as músicas ou as imagens. Em um dos casos de Hercule Poirot (detetive, personagem de Agatha Christie) em que ele desvenda um crime ocorrido há muitos anos, Poirot usa exatamente esse artifício: uma essência pra fazer aparecer uma memória.
Enfim, seja perfume francês ou sabonete, shampoo ou o cheiro da própria pessoa; uma hora ou outra nos veremos envolvidos por algum desses deliciosos aromas...
Ah, infelizmente [2] meu computador também está com alguns probleminhas técnicos (no momento estou no computador da facul) e está beeem difícil postar e tal. Junte tudo isso a uma viagem pro interior ("internet? o que é isso?") e bem, dá pra imaginar o resultado... ¬¬'
Prometo que dentro em breve, tudo isso será sanado... Enquanto isso, sugiro os blogs da barra ali do lado... vale a pena dar uma conferida, são todos muuuuito legais... : )
Bom, é isso... mas não desistam do meu blog, tudo fica bem no fim! : )
Abraços.
Só o que precisamos é um pouco mais de paciência. Esperar pra ver o final dessas histórias. Histórias de misturas insanas de afinidades e carências. Histórias dessas consequências. Mas tudo está bem quando termina bem. Dessa vez foi preciso citar Shakespeare.
Não saber. Simples assim... Ignorar também pode fazer bem. Todos ignoramos. Noob¹ somos todos...²
¹gíria de fãs de games e afins para aqueles que não entendem nada do assunto.
²agradecimento especial ao Yuri, por sua colaboração nesse post. Obrigada!
Na verdade, não sei muito bem sobre o que quero falar. São muitas coisas que têm estado na minha mente ultimamente. Muito tem acontecido e isso tem gerado um milhão e trezentas mil coisas sobre as quais eu poderia escrever, mas, na verdade, no meio de tudo isso não consigo parar e dizer: "nossa, é sobre isso que eu quero falar".
Acho isso quase divertido na verdade. Quando criei o blog, pensava muito em escrever sobre isso ou aquilo e, hoje, alguns meses depois, os assuntos tem fluído de uma maneira diferente, até mais natural. E, por mais que eu me sinta meio que com um pouco de peso na consciência quando passo dias e dias sem postar, a ausência daquele "desespero" do começo é uma sensação muito gostosa.
Na verdade, eu mesma vou aprendendo comigo. Aprendendo a me encontrar, encontar o meu jeito de escrever, o meu modo de conseguir passar pra você, que resolve ler meu blog, aquilo que está se passando desse lado do monitor. Vou deixando aos poucos de olhar outros blogs e pensar "nossa, ainda tenho que comer muito feijão com arroz" e começo a me sentir mais confiante sobre mim mesma. Não que eu não tenha o que melhorar - lóoogico que sempre há! - mas bem, aos poucos vou descobrindo o meu estilo.
Ufa! Bom, só pra variar, pra quem não tinha muito o que falar, acabei falando bastante... Moral da história? Não sei. Fica a cada um encontar aqui nessa bagunça, a carapuça que vai lhe servir... : )
Olavo Bilac: Soneto XIII De Via Lactea
Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E vos direi, no entanto
Que, para ouvi-las, muita vezes desperto
e abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Lactea, como um palio aberto,
Cintila. E, ao vir o sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entende-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."
"A paz invadiu o meu coração
De repente se encheu de paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão..."
Sim, eu sei... mas foi um pensamento repentino em meio à aula de Fisiologia... e, segundo minhas pesquisas, poucas horas depois de Chistiaan Barnard - médico sul-africano a fazer a primeira dessas cirugias - morrer (de ataque de asma), a mídia divulgou exatamente essa notícia...
Nós para nós mesmos
Muito provavelmente, essa seja a parte mais difícil de assimilar. Afinal, você deve estar pensando: "Como posso ser um enigma para mim mesmo??". É, eu sei. No entanto, essa é uma verdade. Temos o hábito de pensar que somos ou estamos completos, que nos conhecemos melhor do que ninguém. Mas podemos estar incrivelmente equivocados sobre isso. E só somos capazes de perceber nossos "buracos", nossas peças faltantes quando deixamos que outras pessoas também o façam. O que quero dizer é que a melhor maneira de enxergarmos nossas falhas é deixando que outros as vejam. Não, não podemos finalizar nosso jogo sozinhos. Aliás, não chegamos a finaliza-lo. Será sempre um buscar de novas peças, uma busca em completar os buracos, em poder enchergar a imagem que formamos...
Nós para as outras pessoas
Do mesmo jeito que vamos montando, por assim dizer, as pessoas, é evidente que elas também vão coletando e encaixando nossas pecinhas. Parece um tanto estranho pensar sobre isso, mas as pessoas nos observam. Mesmo sem que elas mesmas percebam, estão atentas e vão absorver aquilo que falamos e fazemos. O engraçado é que elas não vão guardar exatamente o mesmo que nós guardamos. Numa conversa, por exemplo. Eu posso me fixar em certa parte, aquilo fica martelando na minha cabeça; o que não quer dizer, absolutamente, que meu interlocutor teve as mesmas impressões e se fixou nos mesmos pontos. Legal, não? Por isso, não temos muito controle sobre as peças que fornecemos: podemos pensar que foi uma coisa, quando na verdade, foi outra, às vezes completamente oposta - não temos portanto, como saber em que ponto do quebra-cabeça nosso amigo se encontra. E mais: não é difícil que cada um que conhecemos, tenha uma imagem diferente do nosso jogo...
As pessoas para nós
Quando conhecemos alguém, tudo o que temos é uma visão de relance de sua caixa. Sabemos que se trataria de uma paisagem, uma natureza morta ou a foto de um animal. Mas somente isso. Aos poucos, conversando, nos aproximando, vamos conseguindo montar as bordas, recebemos peças que aos poucos vão se encaixando. Não raramente, vemos grandes espaços em branco, ou peças que não se encaixam em lugar algum - elas ficam de lado, esperando a hora de serem úteis. Claro que algumas peças são propositadamente retidas, seja temporária ou definitivamente; geralmente essas são as peças-chave para compreendermos as pessoas com quem nos relacionamos. Enfim, é preciso uma boa dose de paciência, tato e sensibilidade se quisermos ver a figura a ser montada. E a compreensão de que, mesmo depois de muito tempo, ainda existirão vazios e peças faltantes...
A vida é sim, feita de pequenas alegrias. Coisas absurdamente simples que podem mudar o dia de alguém. Um sorriso, um olhar... Pra mim, por exemplo, comprar um simples brigadeiro na saída do refeitório, depois do almoço, me faz muito feliz. Fico com aquela expressão que chamo de "cara de felicidade extrema e incontrolável".
Tem gente que não se conforma com isso. Que diz que eu deveria me alegrar com coisas grandes, pensar grande. Ok, ok. Grandeza é legal. Mas nem sempre temos coisas grandes para aproveitar. Faço o que então? Fico de cara amarrada até que se alcance a paz mundial ou algo assim??
Não, não. Me recuso. Me achem boba, supérflua ou o que for. Vou me manter contente, sorrindo. Viver assim é muito melhor; faz bem. Afinal, a vida dá-se em apreciar a grandeza da pequenez de certas coisas. Desfrute os pequenos momentos da vida...
Além do mais, se não conseguirmos defrutar dessas alegrias, como estaremos sensíveis a perceber e aproveitar as surpresas do nosso dia-a-dia?
O mundo está cheio de pessoas prontas a dizer aquilo que queremos ouvir. O difícil é encontrar alguém que esteja disposto a dizer aquilo que precisamos ouvir...
Justamente aquele tipo de sinceridade crua, quase fria, que vem meio inesperadamente, geralmente nos deixando com aquela cara de taxo, como quem diz: "você está mesmo me dizendo isso??".
E, incrivelmente, ao ouvir essa verdade nua e crua, as coisas ficam absurdamente mais claras, falta só acender uma luz em algum lugar. Ouvir o que queremos, acalma, conforta, mas ouvir o que precisamos, nos desperta pra realidade.
É o eterno dualismo dos amigos Titãs: "necessidade, desejo; necessidade, vontade"...